Adoção de Protocolo de Dor Torácica auxilia tomada de decisão em unidades hospitalares

Todos os meses são abertos entre 100 e 120 Protocolos de Dor Torácica no Hospital Novo Atibaia (SP), um procedimento padrão analisa o paciente que recorre à instituição com queixas de dor no peito, a fim de confirmar ou descartar o diagnóstico de doenças cardiovasculares de risco. Além de orientar a tomada de decisões por meio da integração entre a equipe de Clínicos Emergencistas e os Cardiologistas em plantão, o método evita um possível mal cardíaco, como o infarto agudo do miocárdio.

Apesar de apenas um a cada três casos necessitarem de intervenção imediata e serem classificados como infarto, o atendimento eficiente é imprescindível nas unidades hospitalares, por isso o Protocolo de Dor Torácica adotado pelo Hospital Novo Atibaia é tão importante, mesmo que cerca de 70% dos pacientes não apresentem nenhum problema coronariano.

Neste sistema, quando o paciente chega ao Pronto Atendimento apresentando dor no peito, às vezes atípica e sem precedentes, um atendimento voltado à classificação e identificação de possível enfermidade é aberto. O objetivo é a melhor gestão do tempo, considerando que esse é um fator decisivo quando se trata do músculo cardíaco.

No Hospital Novo Atibaia, o procedimento que regula a Dor Torácica foi implementado em 2014 e, desde então, vem sendo melhorado de forma a se tornar cada vez mais adequado às necessidades dos pacientes. Essas atualizações são baseadas em novos conhecimentos na área médica, bem como na análise de dados coletados regularmente. Tais referências são levantadas a partir de um impresso específico que detalha as informações de todos os envolvidos no sistema: enfermeiros, médicos, profissionais da hemodinâmica e do laboratório.

“Para o Protocolo de Dor Torárica, o principal indicativo é a medição e a otimização do tempo em cada passo do processo. Quando o paciente relata ao enfermeiro a dor no peito, abre-se o protocolo, sendo necessária a realização de um eletrocardiograma no mesmo, o que deve levar, no máximo, dez minutos. Para isso, conta-se com um eletrocardiograma na unidade de Urgência e Emergência dedicado apenas a esse sistema”, explica o Dr. Luciano Souza A. de Carvalho, médico do Pronto Atendimento do HNA.

Após esse procedimento padrão, o médico é contatado para análise do exame e tomada decisão baseada na investigação, além do resultado, do histórico do enfermo e fatores de risco. Por fim, o parecer do profissional é descartar a possibilidade de um infarto. Neste caso, o paciente pode ser liberado ou ser deixado em observação para a realização de mais exames para concluir o quadro. Porém, se o caso for identificado como um infarto e necessitar de tratamento imediato, o tempo total até o final da intervenção não deve ultrapassar 90 minutos, minimizando a perda de músculo cardíaco da pessoa atendida.

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