Alerta: câncer de bexiga pode aparentar ser doença menos grave

Fique atento a sintomas como sangramento visível na urina, desconforto ao urinar, dor e ardência, aumento da frequência ou urgência em ir ao banheiro. O que pode ser uma simples infecção urinária, aumento benigno da próstata, bexiga hiperativa ou pedras nos rins e bexiga, na verdade, tem chances de ser algo bem mais sério. Esses sinais também estão relacionados ao câncer de bexiga que, se não tratado, em tempo e da maneira correta, pode levar à morte.

“Não que seja a maioria dos casos, pois, geralmente, são doenças bem menos graves. No entanto, ficar atento a esses sintomas e procurar um profissional com urgência, é fundamental para o início imediato de um tratamento, caso a existência do tumor venha a se confirmar”, alerta o oncologista do Centro de Câncer de Brasília (Cettro), Paulo Gustavo Bergerot.

O aviso chega, pois ocorreu uma queda significativa no número de diagnósticos, principalmente por culpa da pandemia, pois muitos pacientes deixaram de realizar exames rotineiros. Houve uma redução média de 26% no número de novos casos, englobando os tumores de rim, próstata e bexiga, na comparação com diagnósticos feitos nos anos de 2019 e 2020.

Segundo Paulo Gustavo Bergerot, ocorreu um grande medo da população de ir aos hospitais. “Com isso, percebemos uma redução importante no número de consultas médicas, avaliações, exames e consequentemente houve uma diminuição nos diagnósticos”, destaca o médico.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o número de casos novos de câncer de bexiga, estimados em 2022 para o Brasil, é de 7.590 casos em homens e 3.050 em mulheres.

Julho marca a campanha de conscientização do diagnóstico precoce e do tratamento do câncer de bexiga. O mês é dedicado à sensibilização para que as pessoas, com ou sem histórico da doença na família, passe a buscar orientação e acompanhamento médico, além de realizar exames periódicos.

Fatores de risco
De acordo com reportagem da Agência Brasil, o principal fator de risco para desenvolver a doença é o cigarro, responsável por cerca de 50% dos casos. O risco está diretamente relacionado com a duração e intensidade do ato de fumar.

O cigarro tem diversas substâncias químicas que são carcinogênicas, ou seja, induzem o aparecimento de um tumor e no caso específico da bexiga, depois que essas substâncias são inaladas, elas são absorvidas pelo pulmão e vão cair na corrente sanguínea e depois serão filtradas pelo rim. Vai produzir uma urina, como se estivesse contaminada com essas substâncias químicas e depois ela vai ser armazenada na bexiga, que é um reservatório da urina. Essas substâncias químicas vão passar horas ali na bexiga, causando uma agressão à superfície vesical, que vai propiciar um ambiente para poder desenvolver um tumor no paciente.

Mesmo quem não fuma, mas convive com alguém que fuma, o chamado tabagismo passivo, também tem um risco aumentado de câncer de bexiga. Outros fatores associados, porém em menor grau, são a exposição ocupacional prolongada às substâncias químicas chamadas de aminas aromáticas que podem ser cancerígenas (principalmente em indústrias que processam tintas, corantes e derivados do petróleo) e irritações crônicas na bexiga, como infecções e cálculos.

A principal prevenção para o câncer de bexiga é não fumar. Já os trabalhadores, que estão em contato diário com produtos químicos, devem usar equipamentos de proteção individual para maior segurança durante o trabalho. Os hábitos saudáveis de vida, alimentação adequada, prática de exercícios físicos também são uma forma de prevenção.

Fonte e imagem: Correio Braziliense

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