AVC: músico do samba morre aos 35 anos; por que casos da doença crescem entre entre os jovens?

O músico Nandinho Luiz, cantor do grupo Vício de Samba, morreu no último domingo (26), aos 35 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele deixa esposa e dois filhos. O falecimento foi confirmado pela banda nas redes sociais.

“Com muita dor no coração viemos informar que perdemos o nosso irmão. O Nandinho infelizmente veio a falecer. Que Deus possa confortar todos nós!”, publicou o grupo.

 

O acidente vascular cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. Segundo o Ministério da Saúde, é uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.

A condição é mais comum em adultos mais velhos, mas a incidência em jovens e pessoas de meia idade tem crescido nas últimas décadas. Dados do DataSUS mostram que entre 2011 e 2021, o número de mortes por AVC em pessoas com menos de 50 anos aumentou 17,9% no Brasil, passando de 18.919 óbitos para 22.305.

 

 

Os principais fatores por trás deste aumento, segundo especialistas, mudanças no estilo de vida e avanços na medicina. Problemas como obesidade, diabetes e hipertensão, causados pela má alimentação e pelo sedentarismo, estão cada vez mais comum entre jovens e também são considerados fatores de risco para AVC.

Já os avanços da medicina possibilitam um diagnóstico mais rápido e conclusivo da condição e faz com que mais casos sejam identificados. A ressonância magnética, por exemplo, foi um grande passo na visualização de AVCs pequenos que poderiam passar despercebidos há algumas décadas.

Os fatores de risco para o AVC em jovens incluem sexo – a incidência é maior nos homens do que nas mulheres -, tabagismo, excesso de álcool, uso de drogas, estresse, colesterol elevado, doenças cardíacas congênitas e apneia do sono.

Entenda o AVC

 

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico.

O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). Segundo o Ministério da Saúde, o AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.

Já o AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.

O tratamento do AVC normalmente é feito com o uso de trombolítico. No entanto, a dosagem deve ser recomendada pelo médico que estiver acompanhando o caso.

As chances de recuperação são maiores quando o diagnóstico e o tratamento são feitos rapidamente. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas do AVC:

  • Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
  • Confusão mental;
  • Alteração da fala ou compreensão;
  • Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
  • Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
  • Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente

Fonte: O Globo

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