Brasil chega a 100 milhões de pessoas completamente imunizadas, mostra consórcio de imprensa

BRASÍLIA — O Brasil alcançou, nesta quarta-feira, a marca de 100 milhões de pessoas completamente imunizadas contra Covid-19 com dose única ou duas doses de vacina, de acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa.

Em todo o país, 100.499.968 pessoas estão totalmente imunizadas (com as duas doses ou com a vacina de dose única), ou seja, 47,11% da população brasileira. Já 149.950.990 pessoas estão parcialmente imunizadas com a primeira dose de uma das vacinas, o equivalente a 70,29% da população nacional. Vinte e seis unidades federativas do Brasil atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 nesta quinta.

Nas últimas 24h, foram registradas a aplicação de 921.719 vacinas no Brasil, sendo 145.011 de primeira dose, 541.344 de segunda dose, 228 de dose única e 235.136 doses de reforço.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h.

O avanço da vacinação se reflete no número de mortes e casos da doença. O Brasil registrou 201 mortes por Covid-19, elevando para 601.643 o total de vidas perdidas para o novo coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel foi de 318 óbitos, queda foi de -41% em comparação com o cálculo de duas semanas atrás, o que indica tendência de queda. Essa é a menor média móvel desde 27 de abril de 2020

Foram registrados também 1.588 novos casos de Covid-19 em todo território nacional, totalizando 21.581.094 pessoas que já se contaminaram com o vírus. A média móvel foi de 11.318 diagnósticos positivos, uma queda de -33% em comparação ao índice de duas semanas atrás, o que demonstra tendência de estabilidade.

A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Ministério da Saúde

Horas antes, o Ministério da Saúde anunciou o marco da vacinação. Segundo o governo, o número representa  62,5% dos 160 milhões de brasileiros estabelecidos como público-alvo para vacinação  pelo Plano Nacional de Operacionalização (PNO). Integram esse montante os grupos prioritários; pessoas acima de 18 anos em geral; e adolescentes com comorbidades, privados de liberdade, e gestantes e lactantes nessa faixa etária.

De acordo com dados da pasta, mais de 93% dos brasileiros já tomaram a primeira dose da vacina contra a doença. O marco foi anunciado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em seu perfil no Twitter, onde publicou um vídeo do mascote da vacinação no país, o Zé Gotinha.

O índice foi alcançando um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que não vai se vacinar contra a doença. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, na terça-feira, Bolsonaro disse que “viu novos estudos” e decidiu não se vacinar.

— No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais. Estou vendo novos estudos. A minha imunização está lá em cima. Para quê  vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí — disse Bolsonaro.

A vacinação, segundo especialistas, é a principal estratégia contra a Covid-19. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a aplicação de imunizantes. Todas as vacinas disponíveis no Brasil passaram pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que  analisou dados e ensaios clínicos relacionados aos imunizantes.

Atualmente, o Ministério da Saúde disponibiliza doses de quatro vacinas aos municípios brasileiros: AstraZeneca, produzida por laboratório de mesmo nome em parceria com a Fiocruz; CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac; a vacina da Pfizer; e a vacina da Janssen.

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