Café da manhã farto e jantar leve controlam fome — mas não emagrecem; entenda

Acordar cedo para tomar um café da manhã reforçado e terminar o dia com um jantar leve pode afetar o apetite, mas não altera o metabolismo energético. Em outras palavras, o horário das refeições não faz diferença na queima de calorias nem na perda de peso, conforme aponta estudo publicado em 9 de setembro na revista Cell Metabolism.

A pesquisa submeteu 30 homens e mulheres com obesidade ou sobrepeso a duas dietas de 4 semanas com restrição calórica e maior quantidade de calorias acumulada pela manhã ou à noite. Em seguida, os participantes passaram por exames de urina.

Os resultados não demonstraram diferenças no gasto energético diário, na taxa metabólica de repouso relacionada ao tempo de distribuição das calorias e na perda de peso. Os participantes que tomaram um café da manhã mais farto relataram terem fome significativamente menor.

Isso significa que comer bastante de manhã e menos de noite pode auxiliar na adesão a rotinas de emagrecimento, já que gera menor apetite. Contudo, não quer dizer que a prática pode ajudar a emagrecer diretamente: ao todo, o mesmo número de calorias foi consumido pelos voluntários ao longo do dia.

“Este estudo é importante porque desafia a crença anterior de que comer em diferentes momentos do dia leva a um gasto energético diferenciado”, destaca Alexandra Johnstone, líder do estudo e professora do Instituto Rowett da Universidade de Aberdeen, na Escócia, em comunicado.

Conforme a especialista, a mudança no peso corporal é determinada pelo balanço energético e não há um momento ideal para comer e controlar a balança. As conclusões do estudo desafiam pesquisas anteriores que sugeriram que os “comedores noturnos” têm maior probabilidade de ganhar peso e são menos capazes de perdê-lo.

Jonathan Johnston, coatutor da pesquisa, ressalta que, em condições de perda de peso, o tamanho do café da manhã e do jantar regula nosso apetite, mas não a quantidade total de energia que nosso corpo usa. “Planejamos desenvolver essa pesquisa para melhorar a saúde da população em geral e de grupos específicos, por exemplo, trabalhadores em turnos”, ele afirma.

Fonte: Revista Galileu

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