Diabetes: tratamentos para domar a glicemia se multiplicaram

Os tratamentos contra o diabetes foram tema de uma das duas lives realizadas no Encontros O GLOBO Saúde e Bem-Estar, na quinta-feira, que tiveram patrocínio da Lilly e do CHN (Complexo Hospitalar de Niterói).

Participam do debate o endocrinologista e membro da SBD Amélio Godoy, o endocrinologista e coordenador do Departamento de Saúde Digital, Telemedicina e Tecnologia em Diabetes da SBD Márcio Krakauer e a influenciadora digital Bia Scher, da @biabetica. Mais uma vez, a curadoria e coordenação foi do cardiologista Cláudio Domênico, e a mediação ficou a cargo da jornalista do GLOBO Constança Tatsch.

O clima foi de otimismo ao lembrar os cem anos da insulina, o avanço nos tratamentos e na qualidade de vida.

— A mensagem é a seguinte: dá para a gente viver normalmente com diabetes. Eu tenho há 21 anos, nunca desenvolvi nenhuma complicação, ele está na minha rotina todos os dias. O compartilhamento de experiências é muito importante — afirmou Bia Scher, que descobriu o diabetes tipo 1 quando tinha 6 anos.

De acordo com Amélio Godoy, depois da criação da insulina, ao longo de 70 anos surgiram apenas cinco novas medicações para o diabetes. Mas, nos últimos 30 anos, chegaram15 novas.

— Isso sem falar na parte tecnológica de monitorização. Só em medicação, surgiram alguns grupos, sendo que nenhum faz hipoglicemia e isso é importante. Como as glitazonas, os primeiros e mais potentes remédios para inibir a resistência à insulina, úteis e com outros efeitos positivos além de baixar a glicose. Depois vieram os inibidores da DPP-4. E a maior surpresa da história do diabetes foram os inibidores da SLGT2, que fazem com que, quando a glicose começa a subir no sangue, já seja excretada pela urina, além de diminuir insuficiência renal e risco de insuficiência cardíaca. Foi a primeira vez que vi uma plateia aplaudir de pé o resultado de um estudo.

Apesar dos avanços, os especialistas ainda defendem que os pacientes adquiram melhores hábitos.

— Para quem já tem o diagnóstico, mudar o estilo de vida é crucial. Eu diria que é até mais importante que os remédios. Se os hábitos são muito ruins, a reposição da insulina fica muito complexa — afirmou Márcio Krakauer.

Internautas tiraram dúvidas e foram informados que o diabetes também pode provocar doenças da pele, principalmente nos pés — “tem que tomar cuidado com frieiras entre os dedos dos pés, micoses e quando cortar as unhas” —, e até depressão.

Domênico alertou para cuidados paralelos no sentido de evitar complicações.

— Tem que estar atento ao calendário vacinal, ir ao dentista para uma doença periodontal. É uma doença que exige ação multidisciplinar — afirmou.

As lives estão disponíveis no canal do YouTube e perfil de Facebook do GLOBO.

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