Dor de cabeça: formas de tratamento e prevenção para as crises de enxaqueca

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De acordo com pesquisa publicada pela Global Health Metrics, em 2019, os transtornos causados pelas dores de cabeça ocupam a quinta posição no ranking das doenças que mais afetam a população mundial de 25 a 49 anos. Diferentemente do que acontece com a cefaleia, a enxaqueca é uma doença crônica, ou seja, não existe uma cura. O que é possível é reduzir os efeitos da intensidade e a frequência das crises, e isso pode ser feito através de tratamentos preventivos.

 

— A dor da enxaqueca tem uma característica mais latejante, e é predominantemente unilateral e alternante. Ou seja, em um episódio de crise, a dor pode acometer o lado direito da cabeça e depois o lado esquerdo. Também vem acompanhada de náuseas, vômito e sensibilidade à luz, sons e até cheiros fortes — conta a neurologista Thais Oliveira Ferreira.

O que é a enxaqueca com aura?

 

Algumas pessoas que sofrem com enxaqueca podem apresentar uma condição chamada de “aura”. Ela se manifesta através de sintomas visuais ou sensoriais que acontecem minutos antes dos episódios de crise e anunciam que as dores fortes estão próximas de aparecer. Na visão, o paciente pode experienciar luzes e pontos piscando ou coloridos. Há um aumento da sensibilidade a luzes, sons e cheiros fortes, sintomas que se intensificam na crise.

Como minimizar a dor durante a crise?

 

Thais explica que, por ser uma doença com alto potencial incapacitante, quem sofre com enxaqueca não apresenta condições de realizar outras atividades, como estudar ou trabalhar, durante as crises. Para minimizar a intensidade da dor, recomenda-se o repouso em um ambiente escuro e silencioso. Alguns analgésicos específicos para o tratamento da doença podem ajudar, mas os remédios comuns não costumam ter uma resposta positiva. Ela ainda alerta para o uso excessivo dos medicamentos para controlar a dor, que pode ter um efeito reverso e piorar os episódios.

Quando procurar um médico?

 

A neurologista afirma que, se uma pessoa apresenta crises semanalmente ou se os episódios são menos frequentes, mas com maior intensidade e duração, é recomendado procurar um especialista. O tratamento mais adequado é profilaxia, ou seja, a estratégia para a prevenção. Segundo Thais, alguns fatores podem predispor uma crise, como estresse e transtornos de saúde mental, longos períodos em jejum, sedentarismo, má qualidade do sono e ciclo hormonal.

O agente mais conhecido para o favorecimento das crises é a alimentação. A neurologista alerta para alguns grupos específicos, como as comidas gordurosas, ácidas, e os ultra-processados. Também é comum ver pacientes que relatam episódios propiciados pela ingestão de bebidas alcoólicas, chocolate e queijo. No entanto, a médica reforça que a análise deve ser feita de modo individual, e recomenda um diário alimentar para os pacientes.

— Se a gente pensar em fatores alimentares, é preciso considerar a predisposição de cada pessoa sobre o que pode desencadear uma crise. Por isso, é importante que o paciente mantenha um diário para tentar estabelecer uma ligação entre algum tipo de alimento e o início dos sintomas. Assim, o paciente não é privado de comer algo que gosta sem necessidade — esclarece Thais.

Fonte: O Globo

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