Esofagite aguda: entenda a doença que levou o irmão de Marília Mendonça a abandonar os palcos

O irmão da cantora Marília Mendonça, que morreu em novembro do ano passado, em um acidente de avião, o também cantor, João Gustavo, anunciou que vai abandonar os palcos por um tempo para cuidar de sua saúde. Ele revelou que enfrenta problemas com depressão e esofagite aguda. Segundo nota de sua equipe, as duas condições foram desencadeadas devido a “carga emocional muito forte com a perda da irmã e do tio”.

 

A esofagite nada mais é do que uma inflamação do esôfago, tubo que liga a boca do estômago. Ela pode ser classificada como erosiva ou não erosiva, dependendo da gravidade, progressão dos sintomas e o surgimento de lesões no esôfago, que podem aparecer caso a doença não seja identificada e tratada corretamente.

Os sintomas mais comuns da enfermidade são a dificuldade para engolir, azia, dores no peito, um amargor na boca, mau hálito, dores no peito e na garganta, náusea e vômitos. Em alguns casos, os pacientes relatam que têm a sensação dos alimentos ingeridos ficarem presos no esôfago e não completarem o caminho até o estômago. Dores abominais, perda de apetite, tosse e rouquidão também podem ser sintomas da doença.

Classificação

 

A condição também pode ser classificada em quatro tipos diferentes de inflamação. A mais comum de todas é a esofagite por refluxo, considerada uma complicação da doença do refluxo gastroesofágico, ocorre quando os ácidos estomacais que voltam ao esôfago com o refluxo causam uma inflamação crônica e danos à mucosa do órgão.

 

Existe também a esofagite de eosinófilos, comum em pessoas que possuem alergia alimentar. Os eosinófilos, células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo, se concentram na região do esôfago em resposta à ação de um agente alérgico, causando a doença.

A esofagite também pode ser causada por infecções virais, bacterianas, fúngicas ou por meio de um parasita no tecido que reveste o esôfago, esses casos são chamados de esofagite infecciosa e são mais raros, costumam acometer pessoas com problemas de imunidade.

 

 

Alguns medicamentos também podem causar danos a mucosa do esôfago, principalmente se ficarem em contato com ela por muito tempo. Por esta razão, é recomendado tomar o remédio com bastante liquido, já que ele auxilia a medicação a completar o caminho até o estômago.

Obesidade, tabagismo, gravidez, hérnia de hiato, histórico familiar da doença também são fatores de risco para a condição.

Tratamento

 

O tratamento adequado depende do tipo de esofagite que o paciente tem. Geralmente é aconselhado o uso de medicamentos para conter a inflamação do esôfago, entretanto, em casos esofagite causada pelo refluxo gastroesofágico pode ser indicado o tratamento cirúrgico para reparo da válvula que separa o esôfago do estômago, mas ele só é indicado em casos extremos. Uma dieta balanceada com alimentos não cítricos ou bebidas gasosas, também é um bom aliado no tratamento.

O diagnóstico da doença é feito a partir de uma endoscopia, exame que insere um tubo com uma câmera acoplada na garganta até o esôfago e permite ao médico enxergar o interior do órgão e coletar material para exames laboratoriais.

Independente do caso e do tipo de esofagite, é importante sempre procurar um médico para ter um diagnóstico e tratamento preciso sobre a doença.

Fonte: O Globo

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