Exame de sangue indica câncer de mama até 2 anos antes do diagnóstico convencional

Um estudo holandês apresentado na 13ª Conferência Europeia de Câncer da Mama, descobriu mudanças importantes nos níveis de determinadas proteínas no sangue de mulheres que poderiam diagnosticar a enfermidade até dois anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Os pacientes da pesquisa são pessoas com predisposição genética ou com história familiar de câncer de mama.

Todos os participantes fazem parte do estudo Trial Early Serum Test Breast cancer (TESTBREAST), iniciado em 2011, o estudo abrange cerca de 1.174 mulheres com alto risco de câncer de mama. Elas doam amostras de sangue pelo menos uma vez por ano, quando vão para a triagem. Qualquer pessoa que desenvolva câncer de mama também fornece amostras no momento do diagnóstico.

Os pesquisadores usaram uma técnica bem estabelecida chamada espectrometria de massa para analisar os níveis de diferentes proteínas no sangue das mulheres. Eles procuraram variações entre diferentes mulheres e mudanças que surgem em mulheres individuais ao longo do tempo.

Até agora, os pesquisadores fizeram análises detalhadas de 30 amostras de sangue coletadas ao longo do tempo de três mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama e três mulheres que não desenvolveram câncer de mama. Eles descobriram diferenças entre as mulheres, revelando um conjunto de seis proteínas que estavam em níveis mais altos e baixos a dois anos antes do diagnóstico.

 

“Essas proteínas podem formar a base para um exame de sangue para detecção precoce de câncer de mama em mulheres com maior risco. Encontramos mais variação nos níveis de proteína nas amostras de sangue entre as mulheres, em comparação com o tempo dentro da mesma mulher que desenvolveu câncer de mama. Isso mostra que os testes provavelmente devem ser baseados em proteínas que diferem entre mulheres com e sem câncer de mama e em proteínas que se alteram em uma pessoa individual ao longo do tempo”, disse Sophie Hagenaars, do Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda, e principal autora do estudo.

A equipe médica agora vai realizar mais pesquisas com mulheres de outros estudos que possam comprovar os resultados do estudo. “Se mais pesquisas validarem nossas descobertas, este teste pode ser usado como um complemento às técnicas de triagem existentes”, afirma Hagenaars.

Fonte: O Globo

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