Geração de bebês da pandemia precisa de atenção e maior socialização

NITERÓI — A necessidade de uma atenção maior do que a normal para os bebês nascidos na pandemia, ou um pouco antes do isolamento social, é pontuada por diversos estudos. Com o contato social restrito, muitas dessas crianças podem indicar atrasos no desenvolvimento. A partir da melhoria dos índices de Covid-19, a creche escola passa a ter papel ainda mais importante na socialização.

Em Niterói há oito meses, a empresária Laís Passaroto resolveu matricular o filho Caetano na creche Zerohum, em abril. Ele estava com 1 ano e 8 meses e não falava.

— Sei que cada criança tem o seu tempo, mas me preocupava muito com a fala, porque sentia que era falta de socialização. Mesmo com o receio em relação ao vírus, resolvi colocá-lo na creche. Se não desenvolvesse a fala, procuraria fono ou neuro, mas não precisou. O desenvolvimento foi surpreendente — diz.

Diretora da Maple Bear Niterói, Anna Lydia Collares acredita que no próximo ano, com controle maior da pandemia, haverá mais segurança dos pais em relação à matrícula dos menores de 3 anos:

— Vimos a falta que faz a escola e acreditamos que a parceria das famílias é o diferencial neste processo.

Membro da Associação Brasileira de Educação Infantil, Mariana Erlanger avalia que é preciso respeitar a ansiedade dos pais e esclarecer para eles a situação em que o bebê nasceu:

— Bebês entre 1 e 2 anos precisam de interação, diferentes estímulos e socialização com mais crianças. A vacina chegou para jovens e adultos, mas é preciso seguir rotina de atividades voltadas à saúde mental dos menores.

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