Governador do Distrito Federal decreta situação de emergência na Saúde
[Brasília] – Para reestruturar o funcionamento da Secretaria de Saúde e melhorar a assistência ao cidadão, foi lançado, nesta segunda-feira (7), pelo governador Ibaneis Rocha, o programa SOS DF Saúde. Como primeira medida, o chefe do Executivo local, acompanhado do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, decretou situação de emergência na pasta. Com este decreto, o governo distrital poderá fazer contratações mais ágeis, bem como a manutenção de equipamentos, aquisição de medicamentos e insumos, dentre outras medidas.
Questionado sobre os recursos para o programa, Ibaneis afirmou que não faltam recursos e que “o que falta é um choque de gestão”. “Nós vamos investir, inicialmente, cerca de 10 milhões de reais só com a contratação e o pagamento de horas extras para abrir o terceiro turno na rede hospitalar. Queremos melhorar e diminuir as filas para trazer a Saúde para uma condição que ela possa se gerir de forma natural.”
Segundo o governador, várias secretarias estarão trabalhando juntas para garantir as melhorias necessárias na Saúde, como, por exemplo, a Secretaria de Obras, que será responsável por fazer as reformas em todas as unidades de saúde e nos cerca de 1 mil leitos de hospitais que estão fechados.
Sobre a fila de cirurgias, o secretário da Saúde ressaltou que a prioridade será para os pacientes que já estão internados. “As pessoas que estão nas listas prévias serão reconvocadas para que a gente possa analisar os exames que foram realizados, se eles estão válidos ainda” e acrescentou que, ao reorganizar a fila de espera, será priorizada a transparência no processo para que a população “possa ter o controle”. Além dos hospitais públicos, o governo pretende fazer parceria com os hospitais privados e institutos para a realização das cirurgias.
Para garantir a execução destas ações, além dos investimentos financeiros, o governador frisou que é necessário o comprometimento dos servidores no atendimento de qualidade e que irá pessoalmente a hospitais, UPAs e UBS. Ibaneis afirmou, ainda, que o decreto de situação de emergência deve durar cerca de seis meses e não pretende utilizar um prazo maior para organizar as questões da Saúde.
Josiane Canterle, da Agência Saúde
Fotos: Breno Esaki/Saúde-DF