Hospital de Messejana participa de estudo nacional sobre uso de hidroxicloroquina

[Fortaleza] – Uma pesquisa realizada no Brasil concluiu que a hidroxicloroquina não teve eficácia no tratamento de pessoas com quadro leve e moderado de coronavírus no país. O estudo, publicado na última quinta-feira (23) na revista The New England Journal of Medicine, foi realizado em 55 hospitais brasileiros, incluindo o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), da rede pública da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado.

No HM, o estudo foi coordenado pela cardiologista Sandra Falcão, com o apoio da equipe de Unidade de Pesquisa Clínica e de profissionais da assistência. Ao todo, os pesquisadores acompanharam, em todo o país, 667 pessoas diagnosticados com Covid-19. Os pacientes foram divididos em três grupos: um grupo recebeu uma combinação de hidroxicloroquina e azitromicina; outro grupo, só hidroxicloroquina; e o terceiro grupo, apenas suporte clínico padrão, sem hidroxicloroquina.

Realizada durante três meses, a pesquisa concluiu que, entre os pacientes hospitalizados, o uso de hidroxicloroquina isoladamente – ou associado à azitromicina – não melhorou o estado de saúde das pessoas em comparação ao tratamento padrão, feito sem a dispensação do medicamento.

Coalizão Covid-19

Sandra explica que a pesquisa foi conduzida pela Coalizão Covid-19, grupo formado por hospitais brasileiros, e aplicada nas unidade de forma randomizada, feita por seleção aleatória. “São muitas as dúvidas sobre o tratamento da Covid-19. O estudo buscava evidências sobre os efeitos da medicação no tratamento da doença. Era necessário uma pesquisa randomizada, com dados bem desenhados. Por isso, envolveu tantos centros de saúde”, acrescenta a cardiologista.

A pesquisadora conta que o HM também participa de outro estudo nacional, que está em fase de análise de dados. O grupo Coalizão Covid-19 é formado por pesquisadores de instituições como o Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital do Coração de São Paulo (HCor), Hospital Sírio-Libanês e Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“É uma satisfação muito grande poder participar ativamente desse momento histórico que estamos passando, poder contribuir cientificamente para encontrar as respostas nos enche de orgulho e coloca o Ceará próximo aos grandes centros de pesquisa e desenvolvimento do país”, enfatiza Sandra Falcão.

    Fonte: SESA

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