Jade Picon: atriz revelou que sofre de crises de riso involuntárias; entenda por que algumas pessoas sofrem do problema

Durante participação no programa “Que história é Essa, Porchat?”, de Fábio Porchat, a atriz e influenciadora Jade Picon revelou que quase se afogou e botou fogo na casa em razão de uma crise de riso. Segundo ela, em momentos de extremo nervosismo ela costuma ter crises involuntárias que não consegue fazer parar.

“O salva-vidas chegou, minha mãe me segurando, ele segurou a minha mãe e me amarrou em um negócio. Me colocou em um negócio pra eu boiar, eu não conseguia parar de rir e minha mãe gritando: ‘Fecha a boca, você está engolindo água. Para de rir!’. Sempre que estou em situação extrema, eu começo a rir. Já quase coloquei fogo na minha casa”, revelou.

Apesar de parecer engraçado em um primeiro momento, o assunto é sério e pode ser considerado um transtorno com necessidade de ser tratado por um médico especialista no assunto. A risada tem a função social de comunicação entre duas pessoas, por ela ser contagiante, ela acaba aproximando duas ou mais pessoas. Ela também tem como objetivo modificar a conduta do outro, como se fosse um momento de alívio pelo perigo, estresse ou aflição ter passado, gerando uma resposta de relaxamento.

Ela ainda gera benefícios para a saúde da pessoa, visto que a risada também inibe a produção de hormônios de estresse e ansiedade, o que também melhora a resposta do seu sistema imunológico.

Risada Patológica

 

Entretanto, em casos extremos, essa risada incontrolável, pode indicar problemas neurológicos como a síndrome do afeto pseudobulbar, também chamada de “transtorno da expressão emocional involuntária” ou “labilidade emocional”. Além das risadas, ela também causa choro e bocejos involuntários.

 

Essa síndrome é associada a diferentes doenças neurológicas como esclerose lateral amiotrófica (ELA), esclerose múltipla, atrofia de múltiplos sistemas (ALS) e demências vasculares, entre outras. Até pacientes que sofreram um AVC (acidente vascular cerebral) podem apresentá-la.

Isso acontece quando essas doenças associadas causam danos em áreas especificas do cérebro, como no sistema límbico, que está associado às nossas emoções, e o córtex pré-frontal (atividades analíticas, gerenciamento de emoções e inibição de impulsos).

As manifestações involuntárias de riso descontrolado também são sintomas da crise gelástica que, nesse caso, acaba sendo identificada em pacientes com epilepsia ou em consequência de um tumor na região hipotalâmica.

Diagnóstico

 

Vale ressaltar que essa não é uma condição psiquiátrica e não pode ser associado a “loucura”, como alguns pacientes pensam estar. O diagnóstico é complexo envolvendo inúmeros exames para identificar quais são as lesões e em que áreas do cérebro. Muitas vezes, os sintomas podem não ser investigados por estarem, erroneamente, associados ao comportamento emocional.

 

É importante sempre procurar um médico especializado, como um neurologista, para fazer uma investigação e dar o diagnóstico certo. Apesar de não ter cura, é possível diminuir a intensidade das crises e controlar os sintomas por meio de antidepressivos.

Fonte: O Globo

Imagem: Reprodução/Instagram

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