Em alusão ao Dia de Combate ao Câncer Bucal e ao Dia Mundial de Combate ao Fumo, celebrados em 31 de maio, a equipe do Serviço Odontológico da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários da Universidade Federal do Piauí (PRAEC/UFPI), em parceria com o curso de Odontologia, realiza neste mês ações voltadas à campanha Maio Vermelho, que busca conscientizar a sociedade sobre a prevenção do câncer de boca. Entre as atividades, estão previstas palestras, rodas de conversa, divulgação nas redes sociais e intervenções em espaços estratégicos da universidade, com organização das odontólogas da PRAEC, Thaís Torres e Jessa Alcobaça.
Cirurgiã-dentista do Serviço Odontológico da PRAEC, Jessa Alcobaça
Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Câncer de Boca é o oitavo tumor mais frequente no país. Entre 2023 e 2025, estima-se que surjam 15.100 casos por ano no Brasil, sendo 140 diagnosticados no Piauí. Quando detectado e tratado em fase inicial, há possibilidade de cura. Porém, quando não tratado, a expectativa de sobrevida é de apenas 5 anos. Dessa forma, a conscientização, amparada na busca pelo diagnóstico precoce, se torna ainda mais efetiva. “Às vezes temos o hábito de ir ao dentista apenas quando temos algum problema. Contudo, é importante estar sempre atento e realizar o autoexame”, alertou Jessa.
Além da divulgação dos materiais de conscientização, a campanha terá alguns eventos nos campi da UFPI. No dia 19/5, ocorrerá o evento “Câncer de Boca: O Papel da Odontologia no Diagnóstico, Tratamento e Suporte ao Paciente Oncológico”, com palestras sobre os desafios da prevenção ao diagnóstico e os cuidados odontológicos ao paciente com câncer de boca. O evento terá início às 14h, no auditório do curso de Farmácia, e será ministrado pelas organizadoras do evento.
O câncer de cavidade oral, como também é conhecido, é mais comum em homens, acima dos 40 anos, mas fatores externos ou ligados ao estilo de vida podem potencializar as chances de desenvolver a doença. O fumo, tanto o tradicional quanto suas variações (cigarros eletrônicos, narguiles, cachimbos ou mascáveis), caracteriza-se como um dos principais agentes de risco, por alterarem as células da mucosa oral, devido às elevadas temperaturas e a presença de tóxicos como a nicotina.
Cirurgiã-dentista do Serviço Odontológico da PRAEC, Thaís Torres
Além disso, a associação com o consumo de bebidas alcóolicas propicia o aumento dos riscos. Outros pontos de atenção são a exposição solar excessiva e a prática de sexo oral sem proteção, que pode causar a ativação do Papilomavírus Humano (HPV) fonte de câncer de boca e garganta. “A infecção por HPV é muito comum e pode ser prevenida com a vacinação, além do uso de preservativos. Na nossa região em especial, os lábios ficam muito expostos à irradiação solar, o que deixa a região mais suscetível a lesões”, explicou Thaís.
As organizadoras afirmam que a visita constante ao dentista deve ser rotina. Aliado a isso, é importante manter-se atento às alterações na boca, como o aparecimento de feridas que não cicatrizam ou de manchas/placas com aspecto esbranquiçado ou vermelho. Com a realização do autoexame, o paciente pode perceber nódulos no pescoço ou até mesmo uma rouquidão persistente.
Nesses casos, os dentistas devem ser procurados para a realização de exames que levem ao diagnóstico preciso. Na Universidade, a Clínica Escola do curso de Odontologia realiza esse tipo de procedimento também para a comunidade externa. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente pode buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde, próximo de sua residência, para ser encaminhado para o Centro de Especialidades Odontológicas, onde serão feitas as intervenções necessárias.
Confira alguns dos sinais de alerta:
Fonte: UFPI
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