Parada do Orgulho LGBT de SP terá ações de prevenção ao HIV

O Ministério da Saúde irá realizar ações de prevenção às IST, HIV e aids na 22ª Parada do Orgulho LGBT, neste domingo (03), em São Paulo. A ação, que acontece durante toda a festa no domingo, tem como objetivo chamar a atenção e conscientizar a população, especialmente os jovens, sobre a importância de usar camisinha, fazer o teste de HIV e o iniciar o tratamento, em caso de soropositividade. Também haverá ações de mobilização com o “Homem Camisinha”, que fará ativação e entrega de preservativos, com expectativa de distribuir 28,8 mil preservativos.

As peças fazem parte da campanha publicitária de prevenção combinada contra o HIV e aids, lançada em dezembro do ano passado, por ocasião do 1º de Dezembro – Dia Mundial de luta contra a Aids – com a presença dos “embaixadores” da causa: o casal camisinha, responsável por conscientizar a população e informar todas as formas de prevenção contra o vírus do HIV,

Durante o evento, dois casais de homens vestidos de camisinha, juntamente com uma equipe de 14 promotores devidamente caracterizados, irão interagir, distribuir camisinha e conscientizar os participantes do uso de preservativo. A intenção é distribuir 30 mil camisinhas durante a Parada LGBTI+. Esse grupo também irá realizar diversas brincadeiras com as pessoas, como por exemplo pregar adesivos e dar “selinhos” com a #VamosCombinar, além de realizar diversas blitzes com um bafômetro que irá medir o nível de álcool de quem estiver prestigiando a festa.

Essas ações começaram no carnaval, marcaram presença no Lollapaloza, estarão na Parada LGBTI+ e vão prestigiar as principais festas de todo Brasil até o final de junho. Além disso, para ajudar na disseminação da comunicação a estratégia de mídia vai realizar uma série de ativações no ambiente digital, com vídeos e post nas redes sociais, a respeito das diversas formas de prevenção antes, durante e após a Parada LGBTI+.

Para saber mais basta acessar o site www.saude.gov.br/vamoscombinar.

Panorama do HIV e Aids no país

Os casos de aids e a mortalidade provocada pela epidemia estão caindo no Brasil. Dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2017 indicam que, em 2016, a taxa de detecção de casos de aids foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes – uma redução de 5,2% em relação a 2015, quando era registrado 19,5 casos. Quanto à mortalidade, observa-se uma queda de 7,2%, a partir de 2014, quando foi ampliado o acesso ao tratamento para todos. Passando de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes para 5,2 óbitos, em 2016.

O perfil da aids revelado pelo Boletim demonstra que, nos últimos dez anos, há uma tendência de queda de casos em mulheres e aumento em homens. Em 2016, foram 22 casos de aids em homens para cada 10 casos em mulheres. Em relação à faixa etária, a taxa de detecção quase triplicou entre os homens de 15 a 19 anos, passando de 2,4 casos por 100 mil habitantes em 2006 para 6,7 casos em 2016. Entre os com 20 a 24 anos passou de 16 casos de aids por 100 mil habitantes, em 2006, para 33,9 casos em 2016. Já nas mulheres, houve aumento da doença entre 15 a 19 anos – passou de 3,6 casos para 4,1. Também há crescimento em idosas acima dos 60 anos, passando de 5,6 para 6,4 casos por 100 mil habitantes.

Quanto à forma de transmissão, a doença cresce entre homens que fazem sexo com homens, mudando o perfil, nos últimos dez anos, quando a proporção maior de caso era de transmissão heterossexual. Na comparação a 2006, observa-se aumento de 33% nos casos de transmissão de homens que fazem sexo com homens.

Prevenção combinada

Além de distribuir gratuitamente preservativos, o Ministério da Saúde oferta tratamento pós-exposição ao HIV, a chamada PEP. O medicamento está disponível em 151 serviços de 115 municípios com mais de 100 mil habitantes. Desde 2009, a oferta cresceu cinco vezes, passando de 10.963 para 57.714 medicamentos distribuídos em 2016. Nos primeiros seis meses de 2017, foram 32.559 enviados tratamentos.

Desde o ano passado, as populações com maior vulnerabilidade à infecção têm acesso ao tratamento pré-exposição (PrEP).  Os medicamentos são disponibilizados para homens que fazem sexo com homens, gays, travestis, transexuais, profissionais do sexo e casais sorodiferentes em situação de vulnerabilidade à infecção.

“É um medicamento bem específico, de uso contínuo e o usuário precisa tomar o comprimido diariamente para ficar protegido do HIV, além de só pode ser indicada após testagem. Por isso não, em hipótese alguma, podemos esquecer da camisinha”, observa o ministro Gilberto Occhi.

Por Agência Saúde

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