Posso ter Covid mesmo com as duas doses da vacina? Confira a resposta para essa e outras perguntas a respeito das vacinas contra a Covid-19

A apresentadora Ana Maria Braga, que já tomou as duas doses da vacina contra a Covid-19, informou nesta segunda-feira (5) que está com coronavírus. A notícia repercutiu e fez surgir a dúvida no público: é possível ter a infecção mesmo após ter completado o esquema vacinal?

Segundo os estudos conduzidos com cada uma das vacinas em uso contra a Covid-19, sim, uma vez que os imunizantes evitam os casos graves da doença, mas não o contágioNesta matéria, você vai tirar dúvidas relacionadas à vacinação com duas doses e a Covid-19:

  1. Posso ter Covid mesmo com as duas doses da vacina?
  2. Já que a vacina não necessariamente evita o contágio, eu devo me vacinar?
  3. Conheço pessoas que tomaram as duas doses e morreram ou tiveram quadro grave. A vacina funciona?
  4. Preciso tomar as duas doses da vacina?
  5. A vacina que só tem uma dose ‘protege menos’ que as de duas doses?
  6. Devo escolher qual vacina tomar?
  7. Preciso continuar usando máscara e evitando aglomerações mesmo depois da vacina?

 

1. Posso ter Covid mesmo após as duas doses da vacina?

 

Sim, pode. O objetivo principal das vacinas, neste momento, é evitar formas graves da Covid-19 – e não necessariamente o contágio pela doença (ainda que algumas vacinas já tenham se mostrado capazes de evitar também a transmissão e a infecção).

Nas pesquisas, as vacinas são testadas para sua capacidade de evitar contágio, casos sintomáticos, moderados e graves – que precisam de internação – e morte pela Covid.

Até agora, todas as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil – CoronaVac, AstraZeneca/Oxford, Pfizer e Johnson – foram capazes de evitar internações e mortes pela doença.

2. Já que a vacina não necessariamente evita o contágio, eu devo me vacinar?

 

Sim. Mesmo que você se infecte, a chance de desenvolver um caso grave ou até morrer pela Covid-19 diminui após a imunização.

3. Conheço pessoas que tomaram as duas doses e morreram ou tiveram quadro grave. A vacina funciona?

 

Sim, as vacinas funcionam. A questão é que elas diminuem, mas não zeram, a chance de casos graves e de morte pela Covid. É por isso que, além de se vacinar, você deve manter as outras medidas de proteção contra a doença (veja pergunta 7).

Cada medida de prevenção que você adota – como se vacinar, usar máscaras, evitar aglomerações e lugares fechados – é uma “camada extra” de proteção. Por isso é necessário combiná-las.

Veja as taxas de eficácia contra casos graves alcançadas durante os testes em cada vacina usada no Brasil até o momento:

  • Johnson: 85% eficaz
  • Coronavac: entre 83,7% e 100% eficaz
  • Pfizer: 92% eficaz
  • AstraZeneca: 100% eficaz

 

4. Preciso tomar as duas doses da vacina?

Se ela for aplicada em duas doses, sim, pois a taxa mais alta de imunização somente é alcançada após a segunda dose.

Das quatro vacinas aplicadas no Brasil, apenas a da Johnson/Janssen alcança a sua taxa máxima de eficácia em apenas uma dose

5. A vacina que só tem uma dose ‘protege menos’ que as de duas doses?

 

Não. A decisão sobre dosagem e esquema vacinal (espaço entre as doses) é uma decisão do desenvolvedor da vacina ou de autoridades de saúde pública – e não tem a ver com uma vacina “proteger mais” ou “menos” do que outras.

Todas as vacinas reduzem o risco de você ter um caso grave ou morrer pela Covid-19.

6. Devo escolher qual vacina tomar?

 

Especialistas são unânimes ao dizer que não, já que é muito melhor tomar qualquer vacina disponível do que ficar vulnerável à Covid-19. E, ao se vacinar, você ajuda a aumentar a cobertura vacinal, que é o mais importante neste momento.

7. Preciso continuar usando máscara e evitando aglomerações mesmo depois da vacina?

 

Sim. Isso porque, quanto mais medidas de proteção você combina, mais protegido estará – e mais estará protegendo as pessoas ao seu redor que ainda não puderam se vacinar.

“Mesmo ao ar livre, de máscara, se tiver 100 pessoas, o risco vai ser maior do que se tiver duas pessoas. Não adianta ‘estou ao ar livre, não preciso de máscara’. Precisa. ‘Eu estou ao ar livre, não preciso ficar à distância’. Precisa. ‘Ah, eu estou de máscara, não preciso manter a distância’. Precisa”, explica Lucia Pellanda, cardiopediatra e professora de epidemiologia na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

“Quando a gente faz todas as coisas, vai diminuindo bastante o risco. As pessoas têm ideia de que é tudo ou nada. O risco é contínuo”, reforça Pellanda.

 

Fonte: G1

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