Reunião Técnica com as novas escolas de Medicina discute estratégias inovadoras para a qualificação do ensino médico no país

[Brasília] – Com o objetivo de debater e analisar os desafios da educação médica, a partir da criação das novas escolas no país, após implementação do Programa Mais Médicos, foi realizada em Brasília, na última sexta-feira (07), a Reunião Técnica com as Novas Escolas de Medicina: Inovações para Qualificação do Ensino Médico no País.

O evento, promovido pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), reuniu mais de 60 representantes de universidades públicas e instituições de ensino do setor privado, interessados em propor iniciativas inovadoras no contexto dos processos pedagógicos da educação médica que poderão ser aplicáveis à realidade brasileira, por meio da utilização de temáticas estratégicas e transversais como a educação interprofissional, a avaliação formativa, a educação baseada em evidência, a integração ensino-serviço-comunidade e a missão social das escolas médicas do país.

Durante a abertura do evento, o secretário da SGTES, Marcelo Henrique de Mello, destacou que o Programa Mais Médicos trouxe uma nova perspectiva para o ensino médico no país, tendo como eixo norteador o atendimento às necessidades sociais em saúde, por meio da ampliação do acesso ao ensino médico em áreas remotas e em locais onde há vazios assistenciais desses profissionais. “A abertura dos novos cursos atende a um chamado da população carente de atendimento médico, especialmente em regiões mais remotas. É necessário estreitar o diálogo com as instituições, a fim de identificarmos as barreiras e os elementos facilitadores para a implementação de um ensino de qualidade, que atenda à missão social”, explicou Marcelo Mello.

De acordo com dados do Ministério da Educação, em 2018, o número de vagas de graduação em medicina supera a meta prevista pelo Programa Mais Médicos, alcançando 13 mil novas vagas, no período de 2013 a 2018. A ampliação de vagas destinadas ao programa de Residência Médica foi um dos assuntos debatidos, durante as apresentações. O coordenador-adjunto da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas (CAMEM), vinculada à Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Geraldo Cunha Cury, observou que a qualidade da formação depende dos esforços de todos os atores envolvidos no processo. “As instituições privadas de ensino devem disponibilizar aportes de recurso para a criação de novas vagas de residência. Já as de natureza pública terão o suporte dos ministérios da Saúde e da Educação para o fomento dessas vagas”, ressaltou.

De acordo com a diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES/SGTES), Cláudia Brandão, o evento representa um chamado do Ministério da Saúde, em conjunto com MEC, ABEM e OPAS/OMS, com a finalidade de discutir mecanismos para qualificar o ensino médico no país. “Muito mais do que ter a ampliação de novas vagas de medicina no país, o que é extremamente necessário, devemos pensar na qualidade da formação desses futuros médicos. E que as instituições formadoras estejam comprometidas com o ensino baseado nas necessidades de nosso sistema de saúde, ” declarou Brandão.

Por Priscilla Klein, do NUCOM/SGTES

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