Se você tem hipertensão, cheque antes de tomar seus outros medicamentos

Quase 1 em cada 5 adultos com hipertensão, um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e derrame, também toma outros medicamentos.

E esses outros medicamentos podem estar justamente fazendo o efeito contrário, elevando a pressão arterial.

Essa descoberta ressalta a necessidade de os pacientes revisarem rotineiramente todos os medicamentos que tomam, incluindo aqueles disponíveis sem receita, para garantir que nenhum possa estar interferindo nos esforços de redução da pressão arterial – esse efeito é chamado “interação medicamentosa”.

Pesquisadores identificaram agora quais são os culpados mais prováveis dessa interação indesejada e potencialmente perigosa.

As três classes de medicamentos mais comuns foram os antidepressivos; os anti-inflamatórios não-esteroidais, que incluem o ibuprofeno e o naproxeno; e os esteroides orais usados para tratar doenças como gota, lúpus, artrite reumatoide ou após um transplante de órgão.

Outros medicamentos associados à elevação da pressão arterial também foram relatados, incluindo antipsicóticos, certos anticoncepcionais orais e descongestionantes nasais.

Polifarmácia

A equipe examinou dados de 27.599 participantes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição dos EUA, entre 2009 e 2018. Destes, cerca de metade (49%) tinha hipertensão (idade média de 55 anos, 48% mulheres), definida como uma pressão arterial acima de 130 mmHg (sistólica) ou 80 mmHg (diastólica).

“Esses são medicamentos que tomamos comumente, tanto os sem receita quanto os prescritos, que podem ter o efeito colateral não-intencional de aumentar a pressão arterial e podem ter efeitos adversos na saúde do nosso coração.

“Sabemos que a pressão alta leva a doenças cardiovasculares, derrame e morte, e até mesmo pequenos aumentos na pressão arterial podem ter impactos significativos nas doenças cardiovasculares. Com base em nossas descobertas, precisamos estar mais cientes da polifarmácia (o uso de vários medicamentos por um único paciente) em adultos mais velhos, que também têm a maior carga de pressão alta,” disse o professor John Vitarello, responsável pelo estudo.

 

Fonte: Diário da Saúde

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