Seu filho teve Covid? Veja quando ele pode receber a vacina

SÃO PAULO — Com o início da vacinação das crianças de 5 a 11 anos em meio à explosão de casos provocadas pela Ômicron, muitas famílias têm dúvidas sobre o que fazer caso elas tenham sido infectadas. Especialistas afirmam que, assim como ocorre com adultos, é preciso esperar 30 dias antes de receber o imunizante.

Isso vale para as crianças que tiveram sintomas ou apenas o resultado positivo. Segundo o infectologista e pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, a espera começa a contar do primeiro dia de sintomas ou do próprio teste.

Mais complexa é a situação das famílias que não têm certeza sobre a infecção.

— Se a criança é contactante domiciliar de um caso confirmado, como pai, mãe ou irmão, mesmo sem sintomas a gente infere que ela também foi contaminada e é melhor aguardar os 30 dias. Mas é apenas uma questão de prudência — afirma Kfouri.

O infectologista faz questão de ressaltar que não há risco caso a criança tome a vacina:

— É importante deixar claro que numa campanha de vacinação dessas acabamos vacinando um monte de gente que está com Covid e não sabe. Assintomáticos, adultos e crianças que são vacinados e no dia seguinte descobrem que estão com Covid. A vacina não piora nem melhora a evolução da doença. O cuidado é só para não ter reação da vacina, ficar na dúvida se é recaída, ou piora da doença. Até porque quem teve doença não corre risco de reinfecção em menos de um mês, então não tem pressa de ser vacinado.

A infectologista Tânia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro, concorda que não é necessário correr para vacinar as crianças que já se infectaram com a Ômicron.

— Porque neste momento a criança terá um período de imunidade natural. Além do mais, o sistema de defesa está ainda ocupado com a recuperação da infecção.

Por isso, compensa mais esperar um mês para que, quando a dose for aplicada, faça o reforço na resposta imunológica, aumentando os níveis de anticorpos.

Os especialistas alertam que, se a criança teve Covid em outro momento da pandemia ou há mais de 30 dias, ela deve ser vacinada assim que possível, respeitando o cronograma de cada município.

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