Sociedade Europeia de Cardiologia divulga orientações para uma dieta saudável

Quer fazer bem ao seu coração? Adote uma dieta alimentar composta, majoritariamente, por frutas, legumes e verduras – ela é conhecida como “plant-based”, ou seja, à base de plantas. A orientação é da Sociedade Europeia de Cardiologia, que reúne profissionais de 150 países e divulgou, na semana passada, uma revisão de estudos sobre a relação entre alimentação e doença coronariana, na revista científica “Cardiovascular Research”. A entidade vai além e determina a quantidade e a frequência de consumo de cada item.

“Não se trata de determinar que certo alimento é um veneno, tudo é uma questão de quantidade e frequência. Um erro que cometíamos no passado era considerar um item como o inimigo e a única coisa a ser alterada, quando, na verdade, temos que avaliar a dieta alimentar como um todo”, resumiu o endocrinologista Gabriele Riccardi, professor da Universidade de Nápoles Federico II, na Itália.

Já são conhecidas as evidências de que diminuir o consumo de sal e proteínas de origem animal, aumentando a ingestão de grãos, frutas, legumes, verduras e nozes reduz o risco de aterosclerose. Agora a Sociedade Europeia de Cardiologia detalhou as quantidades para manter esse cardápio balanceado. No que diz respeito a carnes, as vermelhas (de vaca ou porco) devem se limitar a duas porções de 100 gramas por semana. As de aves podem chegar a três porções de 100 gramas semanais, ao passo que as processadas, como bacon, salsichas e salame, têm que ser de consumo eventual.

A entidade também aprova o peixe – de duas a quatro porções de 150 gramas por semana – para prevenir a doença coronariana, mas expressou preocupação com a sustentabilidade no fornecimento de pescado em escala global. A recomendação se torna mais generosa em relação aos legumes, a serem utilizados como substitutos à carne: quatro porções de 180 gramas por semana. O consumo de frutas e verduras deve ser aumentado para até 400 gramas diários, enquanto as nozes e castanhas podem ficar em torno de 30 gramas por dia: o equivalente a uma mão cheia.

Para a população saudável, afirma a instituição, não há necessidade de trocar os produtos lácteos integrais por semidesnatados, desde que as quantidades sejam moderadas. O queijo fica restrito a três porções de 50 gramas por semana e o professor Riccardi aconselha tomar um iogurte por dia (cerca de 200 gramas): “produtos fermentados contêm boas bactérias que promovem a saúde”, explica.

Sobre cereais, a orientação se baseia no índice glicêmico (IG), valor dado aos alimentos com base na velocidade com que os níveis de glicose aumentam no sangue após a sua ingestão. O arroz branco e o pãozinho francês estão associados a um risco elevado para aterosclerose e seu consumo não pode passar de duas porções por semana. Para substitui-los, são indicadas as opções integrais e outros alimentos de baixo IG, como massas.

Fechando as recomendações, as bebidas: café e chá não foram associados ao risco cardiovascular, mas os refrigerantes, incluindo os com menos calorias, devem ser substituídos por água. O álcool tem que ser apreciado com moderação: no máximo duas taças de vinho por dia para os homens e uma para as mulheres. Para os chocólatras: apenas dez gramas por dia, e do tipo amargo…

Fonte: G1

Comments are closed.

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More

Privacy & Cookies Policy