Tire suas dúvidas sobre o novo medicamento da AstraZeneca para prevenir Covid

Food and Drug Administration (FDA, órgão semelhante à Anvisa no Brasil) autorizou na quarta-feira o uso do coquetel de anticorpos da AstraZeneca, Evusheld, para prevenir infecções por Covid-19 em indivíduos com sistema imunológico fraco ou histórico de efeitos colaterais graves de vacinas contra o coronavírus. Veja aqui as principais preguntas e respostas sobre a terapia.

Quando o Evusheld chega ao Brasil? Já foi aprovado pela Anvisa?

Ainda não há pedido de autorização para o uso do coquetel no Brasil. Mas, de acordo com a AstraZeneca, o pedido deve ser feito “em breve”.

Para quem esse tratamento é destinado?

A autorização concedida pela FDA exige que os pacientes tenham sistema imunológico comprometido, não conseguindo gerar uma resposta imunológica adequada à vacinação contra Covid-19, ou tenham histórico de reações adversas graves à vacina.

O Evusheld funciona para quem já foi infectado?

A FDA autorizou o coquetel apenas para adultos e adolescentes que não estão atualmente infectados com o novo coronavírus e não tiveram contato recente com nenhuma pessoa infectada.

A AstraZeneca afirma que tem dados bastante positivos no tratamento de pessoas já infectadas com o SARS-CoV-2. Mas o pedido de autorização com esse fim ainda não foi feito.

Segundo a farmacêutica, pacientes que receberam o coquetel para prevenção tiveram 83% menor risco de desenvolver a doença sintomática, sem casos de formas graves ou mortes. Quando administrado até o terceiro dia de sintomas, houve queda de 88% no risco de casos graves e de óbito.

Ele substitui as vacinas?

Não. Enquanto as vacinas dependem de um sistema imunológico intacto para desenvolver anticorpos direcionados e células que combatem a infecção, o Evusheld contém anticorpos feitos em laboratório projetados para permanecer no corpo por meses para conter o vírus em caso de infecção.

— A gente continua afirmando que a vacina é a principal forma de prevenção para a Covid-19. Esse coquetel não vai substituir a vacina, mas algumas populações específicas têm a resposta à vacinação em geral diminuída, não só em relação à Covid-19. Para esse grupo, que é mais velho, com sistema imunológico debilitado, esse coquetel de anticorpos se soma à prevenção à Covid — afirma a gerente médica e líder de vacinas da AstraZeneca Brasil, Bárbara Furtado.

O medicamento é vendido nas farmácias?

Não. Uma dose de Evusheld, administrada como duas injeções intramusculares consecutivas separadas (uma injeção por anticorpo monoclonal, administrada em sucessão imediata), pode ser eficaz para prevenção pré-exposição por seis meses.

Há efeitos colaterais?

A FDA informa que os possíveis efeitos colaterais de Evusheld incluem: reações de hipersensibilidade (incluindo anafilaxia), sangramento no local da injeção, dor de cabeça, fadiga e tosse.

O coquetel é eficaz contra a nova variante Ômicron?

A AstraZeneca informa que o “Evusheld neutraliza todas as variantes SARs-CoV-2 anteriores até o momento e estamos trabalhando rapidamente para estabelecer sua eficácia contra a nova variante Ômicron”.

É o primeiro tratamento que previne a infecção?

Sim, é o primeiro, mas outras farmacêuticas como Eli Lilly, Regeneron e GlaxoSmithKline (GSK) com o parceiro Vir fazem terapias semelhantes.

 

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