Cerca de 85% dos residentes dos Estados Unidos consomem pelo menos uma bebida com cafeína todos os dias, sendo o café a principal fonte de cafeína, seguido por chá e refrigerante. Esse dado motivou pesquisadores a entender como o consumo desta bebida — que é um dos estimulantes mais poderosos e amplamente disponíveis no mundo — pode influenciar a vida das pessoas.
Pesquisadores de quatro universidades americanas perceberam que o café tem o potencial de aumentar a impulsividade na hora de fazer compras, podendo fazer com que as pessoas comprem mais produtos considerados agradáveis e divertidos, como velas perfumadas, fragrâncias e itens de decoração, por exemplo, e comprarem menos produtos funcionais, como cadernos e utensílios de cozinha.
No geral, as pessoas que tomaram bebidas com cafeína antes de fazer compras levaram para casa mais itens e gastaram mais dinheiro em lojas. Vale lembrar que bebidas energéticas, chocolate e alguns medicamentos têm cafeína em sua composição.
A pesquisa mostrou ainda que os efeitos da cafeína nos gastos se mantiveram para aqueles que bebem um pouco mais de duas xícaras de café (ou menos) diariamente e foram enfraquecidos para os que bebem mais durante o dia.
Os pesquisadores acreditam que esses dados podem ser fundamentais para vendedores varejistas aumentarem o fluxo de compras. “Isso é importante para os varejistas levarem em consideração a proporção de produtos hedônicos (agradáveis e divertidos) em suas lojas. Os formuladores de políticas também podem querer informar os consumidores sobre os efeitos potenciais da cafeína nos gastos”, concluem os pesquisadores.
Os resultados desta pesquisa foram reportados no texto “Efeitos da cafeína nos gastos do consumidor” e publicados na revista científica Sage Journals no dia 11 de junho.
Além disso, os pesquisadores esperam que o estudo possa levar a várias outras análises podendo observar se uma combinação de cafeína e elementos no ambiente ou se caso os compradores consumirem café junto com algum alimento, como bolo de chocolate, pode alterar o comportamento de compra.
Fonte: Correio Braziliense
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