Uso racional de medicamentos: entenda os problemas da automedicação

É comum que as pessoas façam o consumo de medicamentos sem prescrição médica, como analgésicos e anti-inflamatórios, por exemplo. E é por isso que o uso racional de medicamentos deve ser mais discutido com a população brasileira.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da fundação Oswaldo Cruz (Sinitox), o uso incorreto de medicamentos respondem a 27% dos casos de intoxicação no Brasil. Além disso, entre esses casos, 16% acabam levando ao óbito.

Um dos fatores que influenciam a automedicação é a ideia de que remédios são produtos para consumo como qualquer outro. Afinal, muitas vezes isso acontece sem levar em consideração os problemas e efeitos colaterais que pode ocasionar.

Portanto, essa prática também influencia na sobrecarga da saúde pública. A demanda de agendamentos aumenta com o aparecimento de sintomas causados pela automedicação.

Segundo um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 35% dos medicamentos vendidos no Brasil não possuem indicação médica. Em consequência, os hospitais acabam gastando entre 15% e 20% do seu orçamento para tratar problemas causados pela automedicação.

Complicações causada pela automedicação

O uso imprudente e sem conhecimento de medicamentos, pode desenvolver diferentes, e sérias, complicações no organismo, para além das intoxicações que podem ser letais.
Entre os riscos mais comuns, estão:

  • Resistência a outros remédios e atraso no diagnóstico correto;
  • Mascarar sintomas e retardar tratamentos necessários e eficazes;
  • Potencializar o distúrbio que se pretendia combater;
  • Agravar efeitos colaterais e desenvolvimento de outros;
  • Resistência a bactérias e micro-organismo;
  • Criar dependência;
  • Reação alérgica;

Todas essas questões vão depender da forma como o metabolismo de cada pessoa faz a absorção do medicamento, e também da quantidade que o indivíduo está ingerindo.

Uso racional de medicamentos

O uso racional de medicamentos tem como princípio o uso apropriado e consciente de acordo com as necessidades clínicas do paciente. Para isso, é importante que haja acompanhamento médico durante o tratamento.

Dessa forma, a pessoa entende com mais facilidade o objetivo do medicamento, e consegue acompanhar os resultados do tratamento.

Mas, além disso, é importante que haja campanhas e ações educativas que visem ampliar a noção sobre a forma como nos medicamos e também os problemas que a automedicação irresponsável pode causar.

Pensando nisso, o Ministério da Saúde, criou, em 2007, o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos com a finalidade de orientar e propor estratégias que visem uma relação atenta e saudável entre a população e o consumo de remédios.

Além disso, o Comitê também desenvolve atividades que amplia o acesso à assistência farmacêutica, visando uma maior qualidade e segurança com os medicamentos. Inclusive, o Governo Federal criou a Cartilha para Promoção do Uso Racional de Medicamentos.

Ou seja, as principais maneira de realizar o uso racional de medicamentos é a informação em massa, o acesso à um atendimento digno e a melhora nos serviços de saúde, além da adoção de ações que visem controlar e diminuir a venda de remédios sem prescrição médica.

Alternativa

Outras formas de evitar a automedicação é a busca por atividades e terapias alternativas. Afinal, isso pode reduzir a necessidade de consumir remédios farmacêuticos. Isso, é óbvio, vai depender do quadro de cada pessoa.

Por exemplo, atividades físicas podem atuar em casos de dores musculares, assim como também podem servir de apoio para tratamento de doenças psicoemocionais.

Além disso, também é possível reverter muito quadros com uma alimentação balanceada e um acompanhamento psicológico. Pode parecer mais do mesmo, mas muito do que está no físico, vem do emocional.

Procure momentos de relaxamento para compreender as razões pelas quais seu corpo está pedindo mais atenção e cuidado e a partir daí encontre o melhor tratamento para o seu caso, você pode ter autonomia com o seu corpo, mas é imprescindível ter um acompanhamento e uma opinião profissional para te auxiliar.

Fonte: Conexa Saúde

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