Vacina da varíola: veja quem está protegido ou não no Brasil

O recente surto mundial de varíola dos macacos e a  notificação dos primeiros casos suspeitos no Brasil levantou uma dúvida: quem está em risco? Quem está protegido contra a doença? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina contra a varíola é capaz de proteger contra a varíola dos macacos. A questão é que esse imunizante parou de ser usado há décadas. No Brasil, a imunização de rotina para a varíola cessou em 1973, segundo informações do Ministério da Saúde.

Embora ninguém saiba quanto tempo a proteção gerada pela vacina permanece, especialistas acreditam que pessoas vacinadas apresentam proteção parcial .

“As pessoas no Brasil que tomaram vacina contra a varíola no Brasil ainda tem alguma proteção”, diz o infectologista Julio Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT).

Em geral, a varíola dos macacos é uma doença branda em crianças e adultos com sistema imunológico saudável. Os dois principais grupos de risco são crianças menores de seis meses de idade e idosos. No caso do primeiro grupo, por enquanto, não há registro da doença nessa faixa etária. Quanto ao segundo, eles estão, ao menos, parcialmente protegidos por terem recebido a vacina contra a varíola. Ou seja, idosos vacinados até podem ser infectados, mas provavelmente escaparão com apenas sintomas leves.

Pode haver dúvida se a marca de vacina no braço é um indicativo de que a pessoa recebeu a vacina contra a varíola. A questão é tanto a vacina da varíola quanto a BCG, imunizante contra tuberculose ainda utilizado hoje, deixam uma marca parecida. Em uma publicação recente no Twitter, John Ross, um professor assistente de medicina em Harvard e especialista em doenças infecciosas, chegou a afirmar que era possível diferenciar a marca dos imunizantes e assim, saber quem está protegido contra a varíola dos macacos. Entretanto, a repercussão do post foi tão grande que o especialista se retratou e retirou do ar a informação.

Em uma nova publicação, ele disse que a afirmação de que as cicatrizes resultantes da vacina BCG tendem a ser planas ou elevadas, enquanto as cicatrizes da varíola são deprimidas são uma simplificação excessiva e pode gerar confusão. Como as marcas são resultado de uma reação do corpo, pessoas podem ter rações e marcas diferentes como resultado da mesma vacina.

Fonte: Portal ig Saúde

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