Valdivia: ex-jogador de futebol tem alta após crises de pânico; como identificar os sintomas ainda no início?

O jogador de futebol chileno, Jorge Valdivia, recebeu alta do hospital psiquiátrico onde estava internado desde a última sexta-feira, em Santiago, no Chile. O antigo ídolo do Palmeiras deu entrada no local após aparentar ter uma crise de pânico, segundo informações do jornal chileno “La Hora”.

 

Segundo a publicação, o atleta ficou internado em virtude de um problema de saúde mental associado a crises repentinas de ansiedade aguda, além de sintomas físicos e emocionais. Acompanhado dos pais, o ex-jogador agora estaria em casa se recuperando. Valdivia teria sido liberado pelos médicos após responder bem aos medicamentos.

É cada vez mais comum pessoas e figuras públicas falar sobre síndromes e crises de pânico. Mais recente, por exemplo, a apresentadora Angélica e a influenciadora Rafa Kalimann foram alguma delas.

Elas costumam se manifestar por meio de sintomas bastante severos, capazes de afetar o cotidiano. A síndrome atinge mais as mulheres do que os homens devido à sensibilização das estruturas cerebrais provenientes da flutuação hormonal, visto que a incidência de pânico aumenta no período fértil da vida. Elas podem durar de 10 a 30 minutos, tendo como característica a ocorrência de forma repentina e inesperada. Durante o ataque de pânico, a pessoa experimenta a sensação de que vai morrer ou de que perdeu o controle sobre si mesma e vai enlouquecer.

A primeira crise pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se na adolescência ou no início da idade adulta, sem motivo aparente. Porém, há uma lista de fatores que contribuem para o surgimento da condição e que auxiliam nos primeiros diagnósticos, como: episódios com alto estresse, transição de vida ou de carreira de forma abrupta, morte ou doença de um ente querido, histórico de violência ou abuso na infância, estresse pós-traumático, necessidade de estar no controle da situação, altas expectativas, preocupação excessiva e até mesmo o perfeccionismo e a má aceitação de erros.

A condição também pode estar associada a outras comorbidades que também afetam a saúde mental, como: depressão, transtorno bipolar, vício em drogas e álcool e uso abusivo de medicamentos, como a anfetamina.

Ainda, a síndrome do pânico pode se manifestar devido a determinados medicamentos e a fatores genéticos que aumentam sua predisposição. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome do transtorno do pânico, também chamada de ansiedade paroxística episódica, é um transtorno psiquiátrico que atinge de 2% a 4 % da população global.

Primeiros sintomas

 

A identificação do que é uma crise se dá pelo conjunto de sintomas vividos ao mesmo tempo em alta intensidade, os primeiros deles são:

  • Preocupações, tensões ou medos exagerados
  • Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer
  • Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho
  • Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitude
  • Pavor depois de uma situação muito difícil
  • Insônia
  • Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos)
  • Sudorese
  • Tremores
  • Ondas de calor ou de frio
  • Falta de ar
  • Sensação de estar fora do corpo ou de ser esmagado
  • Desmaios
  • Vômitos

 

Tratamento

 

O diagnóstico é feito mediante avaliação psicológica, feito por um médico psiquiatra, que realizará, se preciso, uma análise física para descartar a possibilidade de qualquer outra doença. É importante observar todas as sensações e sintomas e relatar ao especialista e tratar da melhor forma possível.

 

O tratamento da síndrome do pânico associa medicamentos antidepressivos e psicoterapia – em especial a psicoterapia cognitivo-comportamental.

Fonte: O Globo

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