Varíola dos macacos: casos da doença começam a cair no mundo

Os casos de varíola dos macacos no mundo, que ultrapassam 48 mil segundo o painel da Organização Mundial da Saúde (OMS), começam a apresentar uma queda. De acordo com a última atualização da organização, entre os dias 15 e 21 de agosto foi identificada a primeira diminuição de 21% nos novos diagnósticos, em comparação com os sete dias anteriores, após quatro semanas de crescimento consecutivo da doença.

 

Entre os dias 8 e 14 de agosto, a OMS registrou 7.477 casos, número que caiu para 5.907 na semana seguinte. “Essa diminuição pode refletir os primeiros sinais de queda na contagem de casos na região europeia, que precisam ser confirmados posteriormente”, escreveu a autoridade de saúde no documento.

Ontem, em coletiva de imprensa, o diretor da organização na Europa, Hans Kluge, destacou a queda e afirmou haver “sinais encorajadores” que apontam que o continente está caminhando em uma “boa direção” na resposta ao vírus monkeypox. O controle acontece em parte pelos países europeus terem iniciado a estratégia de imunização já há cerca de dois meses.

— Existem alguns sinais iniciais encorajadores, como os observados na França, Alemanha, Portugal, Espanha, Reino Unido e em outros lugares, de que a epidemia pode desacelerar — disse Kluge.

 

Segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, o mundo vive hoje uma média móvel de 725 novos casos por dia da varíola símia, uma queda de 28% em comparação aos 1.017 que eram registrados diariamente em 10 de agosto, quando o índice atingiu o pico.

Nos Estados Unidos, que é no momento a região mais afetada pela doença com mais de 18 mil casos, os novos diagnósticos também parecem estar desacelerando. Hoje, a média móvel está em 354 novos casos por dia no país, uma diminuição de 34% em comparação também a 10 de agosto, quando o índice estava em 537.

 

O governo norte-americano tem intensificado esforços na vacinação, destinando doses para serem ofertadas em paradas do Orgulho LGBTQIAP+ como forma de incentivar homens gays, bissexuais e que fazem sexo com outros homens, parte do público-alvo da campanha no país, a receberem a proteção.

Porém, no Brasil, onde a primeira remessa com 20 mil doses são esperadas apenas para o próximo mês, a tendência é de crescimento da doença. No último dia 10, a média móvel era de 105 novos casos diários. Hoje, está em 127 – um aumento de 21%. No total, segundo a última atualização do Ministério da Saúde, são 4.876 pessoas contaminadas, além de 5.198 suspeitas em monitoramento e duas mortes, uma em Minas Gerais e outra no Rio de Janeiro. Ambas foram de pacientes com quadros de imunossupressão.

Fonte: O Globo

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