Vírus Influenza H3N2: quais os sintomas e como se prevenir

O alto número de casos de Influenza A (H3N2) no Brasil ter causado surtos de gripe em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

Pernambuco, Paraná e Bahia, inclusive, já registraram as primeiras mortes de pacientes com o H3N2, um subtipo de Influenzavírus A – tal como o H1N1.

O Ceará não registrou morte pela doença, mas já somou 18 casos positivos da doença, somente entre 1º de dezembro, até o último dia 16.

Por isso, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) lançou uma Nota Informativa, na qual fez um alerta à população e profissionais de saúde sobre o aumento de casos da Influenza e outros vírus respiratórios.

Além de preocupar profissionais e órgãos competentes, a doença também vem trazendo muitas dúvidas à população. O Diário do Nordeste selecionou alguns dos principais questionamentos e traz as respostas, a seguir. Confira:

O QUE É A INFLUENZA A H3N2?  

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o H3N2 é um dos subtipos do vírus influenza A. Também conhecida como vírus do tipo A, é um dos principais responsáveis pela gripe e pelos resfriados.

Assim como ocorre com o coronavírus, o vírus H3N2 é facilmente transmitido de pessoa para pessoa, através de gotículas expelidas pela tosse, espirro ou fala.

O H3N2 é considerado sazonal e bem conhecido em todo o mundo, desde quando ocorreu uma pandemia em 1968, com a gripe de Hong Kong.

QUAIS OS SINTOMAS? 

Os sintomas da Influenza A (H3N2) são parecidos aos de uma gripe comum: febre alta com início agudo, cefaleia, dores articulares, constipação nasal e inflamação de garganta e tosse.

Em alguns casos pode haver vômito e diarreia. Contudo, estas manifestações não ocorrem com frequência, sendo mais comuns em crianças.

GRIPE POR INFLUENZA MATA? 

Sim. Embora possa ser prevenida através da vacinação, em casos mais graves a doença pode matar.

No Rio de Janeiro, por exemplo, a Influenza já matou mais do que a Covid-19 em dezembro de 2021, em números absolutos.

Estão mais suscetíveis a complicações, crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com comprometimento da saúde, dentre eles doença respiratória ou cardíaca, obesidade, diabetes, etc. E quem negligencia o tratamento da gripe.

Qualquer gripe pode provocar danos ao sistema respiratório, comprometer os pulmões e levar à morte, se não tratada corretamente.

TESTES 

Como a Covid e a Influenza são doenças são causadas por vírus e com sintomas semelhantes, é importante fazer o teste para distingui-las.

“[…] Em caso das pessoas terem sintomas gripais, que incluem febre e mais um sintoma, calafrio, tosse e dor na garganta, então desconfie que pode ser Covid, que ainda está circulando no Ceará em menor quantidade, ou pode ser influenza A. Importante fazer a testagem, o teste que acontece da mesma forma que acontece para a Covid-19”, orienta a secretária-executiva de Vigilância e Regulação em Saúde da Sesa, Richristi Gonçalves.

QUAL É O TRATAMENTO INDICADO? 

A pessoa doente deve fazer repouso, ingerir bastante líquido e ter uma alimentação leve e equilibrada.

Assim como preconizado para todos os Influenza sazonais humanos, é recomendado acompanhamento de suporte pra casos sem complicação e, se necessário, internação e uso de medicamento antiviral específico, indica a Fiocruz.

Usar máscara, higienizar as mãos e evitar aglomerações também ajudam a reduzir as chances de contágio por vírus.

VACINA H1N1 PROTEGE CONTRA H3N2? 

Embora a vacina oferecida hoje no Sistema Único de Saúde (SUS) não tenha cobertura para a variante do vírus H3N2, ela ajuda a reduzir a hospitalização.

“É uma variante nova, mas a vacina evita evolução de uma forma mais grave”, reforça Lisandra Damasceno, infectologista do Hospital São José (HSJ).

É importante a imunização a cada nova campanha para se proteger do vírus mais próximo possível daqueles que estão em circulação.

De acordo com a médica, a gripe comum se resolve em cerca de sete dias.

INFLUENZA OU COVID-19? 

A priori, os sintomas de gripe e Covid são parecidos. Porém, no caso da influenza, os sintomas são mais intensos nas primeiras 48 horas, enquanto que na Covid o mesmo ocorre somente a partir do 5º ou 6º dia. Na dúvida, é preciso fazer o teste para confirmar o diagnóstico preciso.

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