Brasil e México se aproximam da pior fase da pandemia

[Teresina] – Brasil e México, correm para se mobilizar para tentar comprar respiradores e material de proteção para os profissionais de saúde, cujas denúncias começam a se multiplicar e evidenciam as carências de sistemas de saúde já por si frágeis. A alta demanda que todos os países enfrentam e a escassez de recursos econômicos, em alguns casos, colocam em xeque a capacidade de resposta ao pico da epidemia, que deve ocorrer nas próximas semanas.

As fases mais duras da pandemia de Coronavírus no Brasil serão nos meses de maio e junho, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na noite deste domingo. Em entrevista ao programa Fantástico da rede Globo, ele defendeu fala única entre o presidente Jair Bolsonaro e a pasta da Saúde sobre o tema.“Ele [brasileiro] não sabe se escuta o ministro da Saúde ou se escuta o presidente”, disse Mandetta.

No Brasil, o Governo anunciou a fabricação e compra de 6.500 respiradores a um consórcio de fabricantes nacionais, mas a entrega demorará semanas ou meses. Cada vez mais brasileiros desobedecem a recomendação de ficar em casa para deter os contágios do coronavírus como mostram os dados de São Paulo, a megalópole epicentro da pandemia no Brasil. Nesta semana somente a metade de seus milhões de habitantes se manteve confinada frente aos 60% das semanas anteriores, o que ainda está distante dos 70% que os especialistas sanitários consideram necessário para que os casos não disparem e colapsem os hospitais. Ainda que os números de mortos e novos casos sejam maiores a cada dia ―1.124 mortos e 20.727 contágios até este sábado em todo o país― as medidas de isolamento social não estão sendo feitas.

O Brasil também enfrenta um notável déficit de análises ―só fez 63.000 testes, dos quais 13.000 deram positivo―, de equipamentos de proteção porque precisa importá-los e as dificuldades inerentes a um país de 210 milhões de habitantes em um território vastíssimo em que o Estado sequer chega a todos os locais em circunstâncias normais. O Amazonas alertou que suas UTIs estão prestes a colapsar e nas favelas do Rio algumas pessoas já morreram.

Com informações do El País

 

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