Brasil é o país com mais mortes por varíola dos macacos fora do continente africano, onde a doença é endêmica

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de mortes pela varíola dos macacos fora do continente africano, onde o vírus monkeypox é endêmico. Além disso, é o segundo com mais casos da doença, atrás apenas dos Estados Unidos. Na comparação, embora o Brasil tenha apenas um terço do número de infectados do país norte-americano, em relação às mortes tem o triplo dos registros nos EUA.

Com informações atualizadas nesta semana, o painel de monitoramento do surto global de varíola símia da OMS mostra que são 28 mortes no mundo desde janeiro, 5 delas no Brasil – ainda sem contar com a morte registrada ontem em São Paulo, que eleva o número para 6. Com isso, o país está atrás apenas da Nigéria, que contabiliza 7 registros. Já os EUA têm apenas 2 óbitos oficiais.

O painel mostra ainda que são 72.198 contaminações pela doença em 109 países até agora. Destas, 26.594 (37%) foram registradas nos Estados Unidos, país que lidera o número de diagnósticos. Em seguida, aparece o Brasil, com 8.461 infecções – 12% dos diagnósticos mundiais.

Emergência da varíola

 

O surto da varíola símia teve início em maio, quando o Reino Unido identificou as primeiras pessoas infectadas sem histórico de viagem aos países da África que têm uma epidemia do monkeypox já há décadas. Em seguida, uma série de nações de diversos continentes começaram a relatar também os diagnósticos e a constatar transmissão local do vírus pela primeira vez.

No final de julho, a situação levou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a declarar que o surto constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), assim como a Covid-19 e os esforços contínuos de erradicação da poliomielite, embora em proporções diferentes.

 

Apesar de o alerta ter gerado o temor de que uma nova pandemia como a do coronavírus estivesse em curso, a transmissão da Covid-19 acontece de forma muito mais fácil que a varíola, e o ritmo de novos diagnósticos do vírus monkeypox tem caído no mundo desde o fim de agosto.

Com o avanço da vacinação, que em países como Reino Unido e Estados Unidos teve início ainda em junho, aliado às medidas de prevenção de contágio, o número de novos casos caiu de mais de 6 mil por semana, em agosto, para uma média de aproximadamente 3 mil a cada 7 dias em outubro.

 

A desaceleração tem sido observada de forma mais acentuada em nações europeias, no Canadá e nos Estados Unidos, que já imunizaram um grande número de pessoas consideradas de maior risco de exposição à doença.

No Brasil, embora a doença ainda provoque um total considerado alto de infecções por dia, as primeiras 9,8 mil doses da vacina chegaram neste mês, por meio de uma negociação conjunta com outros países americanos intermediada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Fonte e imagem: O Globo

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