Casos de rinovírus aumentam entre crianças, alerta Fiocruz

Dados do novo Boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgados nesta quinta-feira (17) apontam para o aumento no número de casos e internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas faixas etárias de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade nos estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná e São Paulo, além da capital Natal (RN), possivelmente causado pelo rinovírus. Os dados se referem ao período de 6 a 12 de agosto.

 

O rinovírus é o principal causador do resfriado comum. Na maioria dos casos, os sintomas da infecção são leves, como coceira no nariz, irritação na garganta, espirro, secreção e congestão nasal e febre baixa. No entanto, em crianças e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, o rinovírus pode levar a uma doença mais grave, como pneumonia. O vírus também é a segunda causa de bronquiolite em crianças.

De maneira geral, o boletim Infogripe aponta para queda nas ocorrências de SRAG no longo prazo (últimas seis semanas) e de crescimento na de curto prazo (últimas três semanas). As exceções ficam para o Espírito Santo e Roraima, nos quais também h[a aumento na tendência de longo prazo.

Em relação à Covid-19, que voltou a preocupar devido a uma nova variante que tem gerado alerta no exterior, o boletim aponta para manutenção de queda ou estabilização de casos positivos para Sars-CoV-2, vírus causador da doença. Segundo dados da Rede Genômica Fiocruz, ainda não houve detecção da variante EG.5 no Brasil. No entanto, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, ressalta que é importante a manutenção de coleta e envio de amostras para a vigilância genômica.

Também há queda nas ocorrências de influenza A e de vírus sincicial respiratório (VSR) na maioria dos estados.

Em relação às capitais, quatro delas apresentam alta de casos: Belém (PA), Boa Vista (RR), Natal (RN) e Porto Alegre (RS). Em Porto Alegre e Boa Vista, o sinal se concentra nas crianças até 2 anos de idade, com ligeiro aumento na população a partir de 65 anos na capital gaúcha. Já em Natal, a concentração fica nas faixas etárias de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade, possivelmente ligada ao rinovírus.

Resultados positivos de vírus respiratórios e óbitos

 

Nas quatro últimas semanas, o vírus sincicial respiratório foi o mais prevalente entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios, com 25,2% dos casos. Em seguida, estão Sars-CoV-2/Covid-19 (22,3%), influenza A (5%) e influenza B (2,5%).

Entre os óbitos, a maioria (52,6%) foi causada pelo Sars-CoV-2, seguida do vírus sincicial respiratório (10,5%), influenza A (9,2%) e influenza B (6,6%).

Neste ano, já foram notificados 121.214 casos de SRAG, dos quais 38,9% receberam resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.

Dentre os casos positivos do ano corrente, 9,2% são influenza A; 4,9% são influenza B; 40,7% são vírus sincicial respiratório (VSR); e 30,6% são Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 5% influenza A; 2,5% influenza B; 25,2% vírus sincicial respiratório; e 22,3% Sars-CoV-2 (Covid-19).

Fonte: O Globo

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