Cientistas engolem peças de lego para avaliar quanto tempo levam para defecar

Um grupo de cientistas da Austrália, especializados em saúde pediátrica, realizaram um experimento científico inusitado: eles ingeriram peças de Lego para avaliar quanto tempo levariam para defecar. O estudo focou na preocupação dos pais, pois dos seis meses aos três anos de idade as crianças passam pela fase de desenvolvimento oral, o que as leva a explorar o mundo com a boca.

A peça levou, em média, de 1 a 3 dias para sair dos corpos e não houve complicações aos participantes. “O objeto estranho foi escolhido por ser um brinquedo padrão encontrado na maioria das residências e permitia que cada participante ingerisse a peça do mesmo tamanho e formato. Eles foram ingeridos na mesma hora do dia (entre 7h e 9h) para minimizar a variação diurna nos hábitos intestinais”, explicaram os autores da pesquisa.

Após a ingestão, as fezes foram monitoradas por cada um dos seis participantes. Cinco dos pesquisadores conseguiram localizar a peça. O outro procurou o objeto nas excreções fecais por cerca de duas semanas e não conseguiu encontrar. “Das cabeças de Lego recuperadas com sucesso, o número de movimentos intestinais pesquisados variou de um a três, com uma média de dois movimentos intestinais”, pontua a pesquisa.

“As mulheres pareciam ter uma passagem mais rápida do corpo estranho, recuperando a cabeça de Lego em duas evacuações, enquanto os dois hoemens que recuperaram suas cabeças de Lego o fizeram na terceira evacuação”, acrescenta. No monitoramento da pré e pós-ingestão não houve diferença significativa na consistência das fezes.

“É possível que o tempo de trânsito intestinal na infância seja fundamentalmente diferente do adulto, mas há poucas evidências para apoiar isso e, se houver, é provável que os objetos passem mais rápido em um intestino mais imaturo. Isso será útil para pais ansiosos que podem temer que os tempos de trânsito possam ser prolongados e potencialmente dolorosos para seus filhos”, ressalta a equipe de cientistas.

A pesquisa intitulada Tudo é incrível: não se esqueça do Lego, foi publicada pela primeira vez em 2018, no periódico Journal of Paediatrics and Child Health.

Fonte: Correio Braziliense

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