Entenda como reduzir os impactos e sintomas da menopausa

Na vida da mulher, a transição entre o estágio reprodutivo e o não reprodutivo é denominada climatério. Nessa fase, as elas apresentam inúmeras necessidades de prevenção de doenças e de promoção de saúde.

A síndrome do climatério é um conjunto de sinais e sintomas decorrentes da interação entre fatores socioculturais, psicológicos e endócrinos que ocorrem na mulher que envelhece. O termo menopausa se refere à data do último episódio de sangramento menstrual apresentado pela mulher e sua definição é feita de maneira retrospectiva.

A diminuição da quantidade do hormônio estrogênio no organismo, chamada hipoestrogenismo, associada ao envelhecimento e à síndrome metabólica pode levar a uma diminuição da qualidade de vida e maior ocorrência de doenças cardiovasculares.

Nesta fase, algumas mulheres podem sentir alterações no organismo, que causam diversos sintomas, como ondas de calor, tonturas, palpitações, suores noturnos, distúrbios do sono, depressão, irritabilidade, irregularidade menstrual, diminuição da libido, entre outros.

Como lidar com a menopausa de maneira tranquila

Dados do Estudo Brasileiro de Menopausa, com a participação de 1500 mulheres de todo o Brasil, revelam que a idade mediana de ocorrência da menopausa relatada pelas participantes foi de 48 anos.

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) destaca a importância do acompanhamento médico nesta etapa da vida para a prevenção e diagnóstico precoce de doenças, além do alívio no desconforto.

“O climatério abrange toda a transição do período reprodutivo para o não-reprodutivo, indo até a última menstruação. Nesta fase, a mulher já apresenta alterações menstruais e, frequentemente, já começa a ter sintomas da menopausa, tais como as ondas de calor. Todavia, ela ainda apresenta ciclos menstruais, irregulares, mas os apresenta”, afirma o médico ginecologista Luciano de Melo Pompei presidente da Comissão de Climatério da Febrasgo, um dos autores do estudo.

O envelhecimento leva à falência ovariana progressiva, determinando a interrupção dos ciclos ovulatórios e a parada do sangramento menstrual. Com o objetivo de normatizar a definição dos diferentes estágios do envelhecimento reprodutivo, foi desenvolvido o sistema STRAW, do inglês Stages of Reproductive Aging Workshop.

Com base em padrões de sintomas e de achados laboratoriais, é realizada a caracterização do período reprodutivo, da transição menopausal e do período pós-menopausa.

 

A data do último episódio de sangramento menstrual apresentado pela mulher é definida como menopausa. Acontece em média aos 51 anos, e 90% das mulheres apresentam a menopausa entre os 45 e os 55 anos de idade. Sua definição é feita retrospectivamente após 12 meses de ausência da menstruação em uma mulher na faixa etária esperada para a transição menopausal.

Os sintomas vasomotores, também conhecidos como fogachos ou ondas de calor, são os mais frequentemente associados à transição menopausal. Consistem em sensações súbitas de calor na região central do corpo, mais notadamente na região da face, tórax e pescoço, e duram em média três a quatro minutos.

Frequentemente ocorre aumento na frequência cardíac, elevação da temperatura da pele e suor. Quando ocorrem durante a madrugada, podem se associar à insônia.

“Os principais sintomas da menopausa, na verdade, são muitos, por exemplo vasomotores que são as chamadas ondas de calor os muitas vezes acompanhado de sudorese, palpitação, despertar noturno”, pontua a ginecologista Lucia Helena Simões, vice-presidente da Comissão de Climatério.

A mulher pode ter uma onda de calor e acaba acordando várias vezes à noite, tendo dificuldade para voltar a pegar no sono, então isso leva a insônia, cansaço, indisposição, alterações psicológicas, ansiedade, irritabilidade, humor mais depressivo ou agravamento de uma depressão que ela já pode ter. Problemas vaginais, ressecamento vaginal, dor para ter relações sexuais, incontinência urinária alterações da memória também podem ser outros exemplos de consequências

Lucia Helena Simões, ginecologista e vice-presidente da Comissão de Climatério da Febrasgo

A terapêutica hormonal da menopausa pode ser indicada para tratar os sintomas vasomotores e alterações associadas à queda do estrogênio, além de prevenir a perda de massa óssea e diminuir o risco de fraturas. A história clínica e o exame físico completo podem descartar a grande maioria das contraindicações ao uso da terapia.

“O tratamento do climatério se baseia em orientação alimentar, atividade física, aporte psicológicos necessários e terapia de reposição manual para controle dos sintomas, além outras medicações não hormonais quando a mulher não pode ou não deseja usar a terapia de reposição hormonal. A terapia é feita de forma individualizada,  levando em consideração as necessidades da mulher e os riscos que cada mulher apresenta”, diz Lucia.

Fonte: Lucas Rocha, CNN

Comments are closed.

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More

Privacy & Cookies Policy