Sensor revela se você está com Covid-19 ou gripe em 10 segundos; entenda

Uma equipe de pesquisadores estadunidenses conseguiu desenvolver um aparelho capaz de detectar, por meio de nanotecnologia, mudanças elétricas causadas pela presença de vírus na saliva. Os testes indicaram eficácia na identificação de casos de Covid-19 e gripe, de forma rápida — atestando o resultado em até 10 segundos — e mesmo em quadros de cargas virais muito baixas.

Em comunicado à imprensa, os responsáveis apontam que a ideia por trás da solução foi facilitar a distinção dos sintomas. Segundo eles, muitas vezes, as características comuns — tosse, dor de garganta e congestão — podem se sobrepor e dificultar os diagnósticos e tratamentos específicos.

“Os dois vírus tendem a circular juntos em momentos como o início do inverno. Nesses contextos, seria útil ter um sensor que pudesse detectar simultaneamente se você tem Covid-19, gripe, nenhuma das opções ou ambas”, explica o autor Deji Akinwande.

Testagem mais rápida e eficiente

 

O dispositivo foi montado a partir da disposição de uma camada de átomos de grafeno em padrão de treliça hexagonal. A espessura da substância a torna altamente sensível a quaisquer mudanças elétricas em seu ambiente.

Para ajustar o sensor à presença da proteína viral, os pesquisadores o associaram aos anticorpos produzidos para combater o Sars-CoV-2 e o vírus da gripe. Dessa forma, quando uma amostra de um indivíduo infectado é colocada no sensor, esses anticorpos se ligam às suas proteínas-alvo, provocando uma mudança na corrente elétrica.

Nos testes com o sensor, os responsáveis pelo estudo utilizaram proteínas dos vírus entregues em um fluido semelhante à saliva. Os resultados foram obtidos rapidamente, depois de 10 segundos, e demonstraram que o dispositivo não apenas conseguiu detectar a presença das proteínas, mas, também, o fez quando elas estavam apresentadas em concentrações baixas.

A partir da apresentação ao público, mais testes deverão ser realizados a fim de se explorar ainda mais os potenciais da tecnologia. Isso, inclusive, na detecção de variantes do Sars-CoV-2, como a ômicron e a delta.

“Esses nanomateriais ultrafinos detêm o recorde de melhor sensibilidade, mesmo na detecção de átomos individuais, e podem melhorar a capacidade de identificação em quantidades muito pequenas de basicamente qualquer agente que precise ser detectado, sejam bactérias ou vírus, no ar ou no sangue”, conclui Akinwande.

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