Simony revela em novo livro sofrimento com efeitos colaterais após fim de radioterapia

Mesmo depois de quatro meses após o encerramento de seu tratamento com a radioterapia e quimioterapia, a cantora Simony revelou que sofre com efeitos colaterais das sessões que duraram seis meses. A artista está lançando um livro digital (e-book) chamado Um Dia de Cada Vez – A Realidade por Trás de um Diagnóstico, contando um pouco de sua luta contra a doença e as batalhas oncológicas que passou no último ano.

“Eu sobrevivi ao câncer, mas algumas coisas ainda me incomodam: não menstruo mais, sinto dor nas articulações, queda na libido, secura vaginal, irritabilidade e calorões”, escreve Simony no livro.

A artista descobriu o tumor no intestino entre maio e junho de 2022. Desde então, ela publcia em suas redes sociais postagens sobre seu dia a dia, sessões de quimioterapia e exames de rotina, para alertar e conscientizar as pessoas sobre a doença. Aos 46 anos, ela admite também que a perda dos cabelos afetou muito sua autoestima, e agora tem dificuldades na libido e muitas dores pelo corpo.

No livro, Simony conta que um dos momentos mais difíceis da luta foi sua primeira sessão de quimioterapia, que durou três dias.

“A quimio realmente é uma bomba para o nosso organismo. Ficava bem debilitada após as sessões, com muito cansaço, sono e sem energia para nada. Quatorze dias após a primeira sessão, os meus cabelos começaram a cair de uma forma muito intensa. Isso para mim foi muito difícil”, diz.

Há maior incidência de câncer de intestino em jovens adultos

 

Se, no passado, esse tipo de tumor afetava, predominantemente, pessoas acima dos 50 anos, a idade já não é o fator de risco mais preponderante. De acordo com um estudo da Sociedade Americana de Câncer (ACS), a incidência do câncer de intestino entre jovens está aumentando. O diagnóstico em adultos de 20 a 39 anos vem crescendo entre 1% e 2,4% por ano desde a década de 1980.

— As causas para essa incidência do câncer antes dos 50 anos são multifatoriais. Por um lado, existe essa questão da falta de exames de rastreio para pessoas com menos dessa faixa etária. Não há uma preocupação porque eles acham que nunca será com eles. Há uma recomendação da classe médica para realizar esses exames apenas depois dos 50 anos, mas com esse eminente crescimento eu, por exemplo, e outros médicos, já recomendam que seus clientes comecem a partir dos 45 anos — diz a oncologista e pesquisadora do instituto D’Or Mariana Bruno Siqueira.

Para pessoas com histórico de câncer colorretal na família, o recomendado é que se procure um médico para avaliar se há necessidade e frequência do rastreio. O fato de ter um parente com a doença aumenta os riscos da pessoa de ter o problema.

Outra causa relacionada ao aumento de casos em jovens é o mau hábito de vida da população nesta faixa etária. Falta de exercícios físicos, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, obesidade e falta de alimentação saudável, ou seja, uma dieta pobre em fibras, consumo exagerado de carne vermelha, rica em alimentos ultraprocessados, sem frutas e vegetais, são fatores de risco relevantes para a incidência da doença.

Câncer de intestino

 

Também conhecido por câncer colorretal é o tumor encontrado na região do intestino grosso e parte final do órgão (reto). Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) é um dos mais incidentes no Brasil, ficando atrás somente dos de pele, mama e próstata. Apesar de a incidência ser semelhante em homens e mulheres, a mortalidade, segundo o Inca, varia de 8,4% dos casos em pacientes do sexo masculino a 9,6% no sexo feminino.

Separando pelos gêneros, ele é o segundo mais frequente entre mulheres, atrás apenas do câncer de mama. Já nos homens, está atrás do câncer de próstata e de pulmão, porém em trajetória ascendente para ocupar a segunda posição.

Fonte: O Globo

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