Cistos durante a amamentação: veja como cuidar disso

Amamentar é um ato natural, mas que exige alguns cuidados para evitar complicações e problemas comuns, como fissuras nos seios e até cistos. Durante a amamentação a mulher deve estar atenta às fases do ciclo do aleitamento e também a algumas dicas para lidar melhor com esse momento.

Ciclos do aleitamento materno

Após o nascimento do bebê, o aleitamento se inicia pelo colostro (leite de baixo volume secretado nas 72 horas após o parto), mais líquido e rico em nutrientes que manterão o recém-nascido até a descida do leite propriamente dito, entre o terceiro e sexto dia após o parto.

Desde a fase de colostro é possível identificar e corrigir alterações na pega do bebê, levando ao melhor encaixe da boca na aréola, evitando, assim, fissuras dos mamilos e dor ao amamentar, além de corrigir qualquer dificuldade do recém-nascido nas mamadas.

Após o terceiro dia acontece a descida do leite, e a mamãe deve estar preparada para as mudanças nas mamas, com calor local, veias túrgidas e inchaço máximo. Nesta fase, o recém-nascido pode apresentar dificuldade na pega do mamilo pelo fato de as mamas ficarem muito túrgidas. Então, a puérpera deve se atentar e utilizar recursos como massagem e ordenha prévias à pega para evitar dificuldade na pega do bebe e incômodo local.

Como evitar problemas na amamentação

Nesta fase também devemos aconselhar aspectos como: esvaziamento mamário se houver excesso de leite residual, alternar as mamas, evitar ofertar somente uma mama (pois muitos bebês optam por uma lateralidade), massagens, tratamento de fissuras por pressão e evitar sutiã muito apertado.

Isso tudo pois, se houver excesso de leite represado, as coleções lácteas podem se complicar com cistos lácteos (galactocele), obstrução de ductos mamários e até mesmo infecção (mastites).

Cistos durante a amamentação

Estes cistos de represamento de leite podem ser revertidos com massagem e ordenha na mama afetada. Se houver obstrução de ductos importantes e não for possível reverter com medidas conservadoras, muitas vezes se faz necessária a drenagem aspirativa com agulha ou drenagem cirúrgica destes cistos complicados.

Após a drenagem de cistos complicados ou abscessos infectados, é possível retomar o aleitamento com a mama operada, desde que a mãe estimule a pega o mais precocemente possível.

Em alguns casos, pode ocorrer maior dificuldade em amamentar com a mama afetada, mesmo após o tratamento, ou até limitação pela dor no pós-operatório imediato. É possível, então, poupar a mama por alguns dias e, após a melhora, voltar a ofertar a mama ao bebê.

Cuidados e orientação durante a amamentação

Podemos corrigir os eventos que aumentam riscos de complicações no aleitamento (fissuras, pega incorreta, represamento de leite, baixa oferta de uma das mamas), pois, adotando tais condutas, os riscos de complicações reduzem bastante ao longo dos meses do aleitamento.

Se ocorrer alguma complicação, é possível corrigir e seguir com o aleitamento, mas não é incomum o desmame por alteração na produção de leite local após complicação, dor crônica e desestímulo ao aleitamento.

Ter equipe profissional de consultoria ao aleitamento juntamente com a equipe médica é fundamental no auxílio da mãe que enfrenta este momento.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/

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