Dispositivo de “tatuagem eletrônica” monitora pressão arterial durante 5 horas

Em um novo experimento feito por pesquisadores da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, um protótipo de tatuagem eletrônica foi desenvolvido e pode ser utilizado no pulso por horas como forma de medições contínuas de pressão arterial, fazendo o mesmo trabalho que os equipamentos convencionais já disponíveis nos mercados. As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Nanotechnology.

A pressão arterial é um dos indicadores mais importantes da saúde do coração. Porém, é difícil fazer a medição com frequência e confiabilidade fora de um ambiente clínico.

Mas Deji Akinwande, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade do Texas e uma das pessoas que coordenou o projeto, disse em um comunicado que “métodos que fazem a medição fora das clínicas, sem manguito, são muito limitados”.

O monitoramento contínuo do dispositivo, chamado de e-tattoo, permite medições de pressão arterial em todos os tipos de situações: em momentos de alto estresse, durante o sono, e em atividade física exercício, além de fornecer milhares de medições a mais do que qualquer dispositivo já disponível. O e-tattoo foi capaz de coletar dados precisos durante cinco horas.

Existem diversos dispositivos, como smartwatches, que fazem medições. Mas, de acordo com os pesquisadores, eles ainda não estão prontos para o monitoramento da pressão arterial. Isso porque os relógios deslizam no pulso e podem estar longe das artérias, dificultando a obtenção de leituras precisas.

Tatuagens eletrônicas

No caso do e-tattoo, o grafeno, um dos materiais mais fortes e finos existentes, é um ingrediente chave. O material é semelhante ao grafite encontrado em lápis, mas os átomos estão organizados em camadas finas.

As tatuagens eletrônicas são utilizadas como um material pegajoso e elástico que envolve os sensores, que é confortável de usar por longos períodos e não desliza na pele.

E-Tattoo de monitoramento de pressão arterial / Universidade do Texas em Austin

O dispositivo desenvolvido faz as edições disparando uma corrente elétrica na pele e analisando a resposta do corpo, que é conhecida como bioimpedância.

Há uma correlação entre a bioimpedância e as alterações na pressão arterial, que tem a ver com as alterações do volume sanguíneo.

Contudo, analisam os pesquisadores, a correlação não é óbvia, e por isso foi preciso criar um modelo de aprendizado de máquina para analisar a conexão e obter leituras precisas da pressão arterial.

Os pesquisadores acreditam que, com a novidade, os pacientes possam receber atendimento personalizado.

“Todos esses dados podem ajudar a criar um gêmeo digital para modelar o corpo humano, prever e mostrar como ele pode reagir e responder aos tratamentos ao longo do tempo”, disse Akinwande.

Fonte: CNN Brasil

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