Jejum intermitente pode gerar mesma perda de peso que contagem de calorias

Pesquisadores da Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, estudaram 90 adultos obesos e observaram que o jejum intermitente resultou quase na mesma diminuição de peso nos participantes que uma contagem tradicional de calorias.

A pesquisa publicada nesta terça-feira (27) na revista Annals Of Internal Medicine avaliou obesos de uma população racialmente diversa da Grande Chicago.

Os participantes foram divididos em três grupos: o primeiro se alimentava com restrição de tempo de oito horas (os indivíduos comiam apenas das 12h às 20h, sem contagem de calorias); o segundo fazia uma redução de 25% de suas calorias diárias; e o terceiro não mudava o consumo calórico, alimentando-se em 10 horas ou mais ao longo do dia.

Tanto o grupo com o jejum intermitente quanto o de restrição calórica se reuniram regularmente com um nutricionista. Os participantes mostraram alta adesão a ambas as intervenções.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que comeram com restrição de tempo ingeriram 425 calorias a menos por dia do que o grupo de controle e, após um ano, perderam cerca de 4,5 quilos a mais do que os indivíduos que não fizeram dieta. Já o grupo com restrição calórica ingeriu 405 calorias a menos por dia e emagreceu cerca de 5,4 quilos depois de um ano.

O estudo mostrou que o jejum intermitente fez os pacientes obesos perderem quase a mesma quantidade de quilos que a contagem de calorias. Além disso, revelou que comer com restrição de tempo pode resultar em uma melhor sensibilidade à insulina, hormônio responsável pela diminuição do nível de açúcar no sangue (glicemia). Isso porque os participantes que comeram no intervalo de oito horas tiveram melhor sensibilidade a essa substância em comparação com aqueles do grupo de controle, que ingeriram suas calorias a qualquer momento durante 10 ou mais horas por dia.

Ainda segundo os pesquisadores, o acesso a nutricionistas provavelmente ajudou os participantes a fazer escolhas mais saudáveis em sua alimentação.

Os autores acreditam que os resultados deste estudo podem ajudar a orientar a tomada de decisões clínicas – especialistas podem levar em consideração as preferências individuais de seus pacientes em vez de só escolherem uma dieta que pareça mais eficaz.

Fonte: Revista Galileu

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