Jojo Todynho: conheça os riscos da cirurgia bariátrica que será realizada pela cantora

A cantora Jojo Todynho decidiu que vai fazer a cirurgia bariátrica. Não é de hoje que ela planeja fazer o procedimento. Há um ano ela já estava até com a data para fazer a redução de estômago, porque queria engravidar de maneira saudável, porém decidiu adiar depois de conhecer e casar com o agora ex-marido Lucas Souza. Pelas redes sociais, Jojo disse que a atual decisão partiu dela mesma e de seus médicos.

“Hoje eu estou dando um novo rumo à minha vida, com a certeza de que tudo agora mudou e que eu estou preparada. Por isso, falo com vocês: faça tudo que você quiser, e quando esse desejo partir de você e não por pressão alheia”, afirmou.

Fazer o procedimento, porém, requer uma série de preparos no pré-operatório e no pós-operatório. Não são todas as pessoas que podem fazer a cirurgia, tendo que ter recomendações para realizá-la, além de uma idade mínima e um peso mínimo. Além dos riscos que podem ser mortais.

Quem pode fazer a cirurgia

 

A cirurgia bariátrica, também conhecida como “redução do estômago” é um procedimento indicado para tratar casos de obesidade grave. Ela muda a forma original do órgão e reduz sua capacidade de receber alimentos, dificultando a absorção de um número exagerado de calorias.

 

Uma pessoa não operada tem espaço para consumir aproximadamente de 1 litro a 1,5 litro de alimento. Já um estômago pós-bariátrica tem capacidade para 25 ml a 200 ml (equivalente a um copo americano). A cirurgia afeta ainda a produção do hormônio da saciedade, o que diminui a vontade de comer, mas a redução da capacidade é a principal responsável pelo emagrecimento.

A cirurgia bariátrica é recomendada para indivíduos obesos com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40, por exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 116 quilos ou pessoas que tenham IMC acima de 35, por exemplo, uma pessoa de 1,70 metro e 102 quilos que tenha doenças associadas, como diabetes, colesterol alto, hipertensão, hérnia de disco, esteatose hepática (gordura no fígado), entre outras.

Riscos

 

Por ser um procedimento invasivo que, dependendo do tipo de cirurgia, ocorre a abertura da barriga, o corte de órgãos, há riscos severos, sendo o cuidado no pós-operatório uma das partes mais importantes do procedimento.

Uma das preocupações após a cirurgia bariátrica é com a cicatrização do estômago reduzido. Seu rompimento pode originar infecções generalizadas e sangramentos internos, colocando o paciente em perigo.

Para não forçar o estômago durante sua recuperação, as dietas pós-cirúrgicas da bariátrica levam em conta o volume, o tipo e a consistência dos alimentos. Evoluindo da fase essencialmente líquida para a cremosa, pastosa, branda e, por fim, a dieta geral após melhora completa do organismo, podendo levar meses para cada etapa da reeducação alimentar.

Outro risco apontado por especialistas é a embolia pulmonar, doença que consiste na obstrução das artérias pulmonares por coágulos sanguíneos. Normalmente surge durante o longo período de repouso que o paciente precisa ficar deitado na maca e não tem força para fazer exercícios físicos, ou até mesmo pequenas caminhas pelos corredores do hospital.

Nestes casos, elas podem ser prevenidas com o uso de meias elásticas, compressores mecânicos dos membros inferiores e uso de anticoagulantes. Já os rompimentos requerem uma nova intervenção cirúrgica de emergência dependendo de cada caso.

 

Há também o reganho de peso pós cirurgia que acontece em praticamente 50% dos casos. Por mais que a cirurgia bariátrica seja eficiente na perda de peso, o reganho dos quilos perdidos pode acontecer, em média, segundo os especialistas depois dos primeiros 18 meses. Em partes por conta do fim da dieta, pela falta de acompanhamento psicológico, e pelo paciente achar que por conta da cirurgia não vai engordar novamente. O que é um ledo engano.

Os médicos afirmam que é importante continuar se consultando com psicólogos, seguir a dieta com foco e manter a prática de fazer exercícios físicos diários para o peso não voltar a subir.

Por último, um possível risco da cirurgia é o cálculo biliar, ou colelitíase. A obesidade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de pedra nos rins, mas não o único; a rápida perda de peso também pode levar ao surgimento de cálculos biliares na vesícula.

Uma forma de prevenir o surgimento e agravamento de cálculos biliares após a cirurgia bariátrica é por meio de tratamento com medicamentos, como o ácido ursodesoxicólico, que atua na dissolução de cálculos biliares de colesterol.

Tipos de cirurgia bariátrica

 

Atualmente as técnicas mais utilizadas são a Sleeve ou manga, que remove de 70 a 85% do estômago do paciente, transformando-o em um tubo estreito. Desta maneira, há redução do hormônio grelina, associado a fome e a absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B não é afetado. Além disso, por envolver procedimentos mais complexos também está ligada a um risco maior de complicações. Corresponde a 15% dos procedimentos.

O método bypass é um dos mais utilizados no Brasil sendo responsável por cerca de 70% das cirurgias realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse tipo de cirurgia o estômago é reduzido com cortes ou grampos e é feita uma alteração no intestino para reconectá-lo à parte do estômago que irá permanecer funcional.

 

A bariátrica costuma ser um procedimento seguro, mas é preciso seguir os cuidados pós-cirurgia para evitar complicações e efeitos colaterais. O que interfere mais no pós-cirúrgico é o modo como a cirurgia é realizada, que pode ser de duas formas: a laparoscopia, realizada por meio de um pequeno orifício no abdômen, ou aberta, através de um corte de 30 centímetros.

Os cuidados são praticamente os mesmos, mas no caso do método aberto, o paciente deve ficar em repouso por mais tempo para que a cicatrização ocorra adequadamente. Quem fez a cirurgia por esse método também deve utilizar uma cinta ou faixa abdominal pelo período indicado pelo médico para evitar que os pontos se soltem.

Fonte: Eduardo F. Filho/ O Globo

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