Pesquisa de diagnóstico para câncer gástrico é finalista em inovação tecnológica

[São Paulo] –  O Instituto do Câncer do Estado de SP (Icesp) premia anualmente as melhores produções de conhecimento nacional na prevenção e combate ao câncer, desde 2010, através do Prêmio Octavio Frias de Oliveira. Essa premiação é dividida em três categorias: Personalidade de Destaque em Oncologia, Pesquisa em Oncologia e Inovação Tecnológica em Oncologia. E um dos finalistas em inovação tecnológica foi a pesquisa translacional sobre diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer gástrico.

Mas o que é uma pesquisa translacional? “Pesquisa translacional é você tentar unir estudos de ciência básica e trazer para o mundo prático, trazer para a realidade do paciente”, comenta Marina Alessandra Pereira, biomédica do Icesp do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e autora principal do estudo. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, ela comenta que seu trabalho representa uma linha de pesquisa de um grupo do Icesp e ele vem sendo feito há alguns anos, através da pesquisa da carcinogênese gástrica e marcadores relacionados à terapia alvo e a prognósticos gerais, ou seja, aspectos que os profissionais observam no prognóstico e tratamento dos pacientes. O grupo de trabalho envolve médicos de três áreas diferentes do instituto: cirurgia, patologia e oncologia clínica.

Marina explica que o câncer gástrico é uma doença bastante agressiva em contexto mundial, com uma taxa de mortalidade muito alta, sendo o terceiro tipo de câncer que mais mata. Embora tenha diminuído em termos de incidência (quinta doença com maior incidência no mundo), os tratamentos para a doença são regimes à base de platina, oferendo aos pacientes um benefício limitado. Ela comenta que o tratamento no mundo do câncer está mudando, do tratamento generalizado com mesmo medicamento para algo direcionado a cada caso em particular, a terapia alvo. O trabalho analisa três perfis de pacientes alvo: aqueles com tumores HER2 positivo, fenótipos de instabilidade de microssatélite e positividade para PD-L1.

Quais seriam os próximos passos para a pesquisa citada acima e indicada ao Prêmio Octavio Frias? “A gente vai continuar a caracterizar outros marcadores que são relacionados nesse microambiente tumoral, que está sendo muito estudado, já que, hoje, paramos um pouco de olhar só para o tumor e estamos também avaliando a resposta inflamatória”, esclarece a biomédica.

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Fonte: Jornal da USP

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