Centro de Referência em Cirurgia Eletiva superou 2,2 mil procedimentos em 2018 no Distrito Federal

[Brasília] – Com uma alta produtividade, que chega a até 12 pacientes operados por dia e 200 por mês, o Centro de Referência em Cirurgia Eletiva de Pequeno e Médio Portes, do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), já atendeu 2.218 pessoas apenas de janeiro a novembro de 2018. Os procedimentos cirúrgicos são para tratamento de hérnia, colecistectomia (retirada da vesícula), vasectomia, bem como nas áreas de ginecologia, mastologia e outros procedimentos.

O aumento significativo de procedimentos realizados resulta de uma reorganização que começou a ser estudada em 2016. Naquele ano, a produtividade era de 941 cirurgias eletivas, ou seja, 78 por mês. “Concluímos que o quantitativo era muito baixo, porque chegavam muitas urgências. Com isso, o paciente agendado era desmarcado”, explicou a diretora do hospital, Luciana de Melo Russo.

A diretora do HRSam, Luciana de Melo, comemora os bons resultados.

CRITÉRIOS – No ano seguinte, em 2017, os serviços da Região de Saúde Sudoeste foram redistribuídos, sendo que o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) ficou responsável por fazer as cirurgias de emergência e o HRSam criou o Centro de Referência em Cirurgia Eletiva de Pequeno e Médio Portes. A unidade ficou responsável pelas operações de média e alta complexidade.

Com isso, nos 12 meses de 2017 foram realizados 1.844 procedimentos e, em 11 meses de 2018, a quantidade já ultrapassa 2,2 mil, números bem superiores aos 941 de 2016.

A celeridade no atendimento permite, ainda, que os pacientes realizem a cirurgia em até três meses após entrar na fila, o que garante que os exames pré-operatórios não percam a validade.

PLANEJAMENTO – “O tempo de permanência de um paciente de cirurgia emergencial é muito grande, pode ultrapassar um mês em razão de complicações que podem surgir. Porém, no caso de a mesma cirurgia ser realizada de forma eletiva, com planejamento e antes de acontecerem complicações, o paciente vai para casa em dois ou três dias”, ressaltou a diretora do HRSam.

José Alfredo Espínola Costa, 50 anos, descobriu, em uma consulta de rotina com o médico da família, na Unidade Básica de Saúde (UBS), que estava com hérnia. Após o diagnóstico, foi encaminhado ao Hospital Regional de Samambaia.

Em consulta na UBS, José Alfredo descobriu uma hérnia e foi operado rapidamente.

“Fiz a consulta e exames. Em uma semana fui chamado para fazer a cirurgia. O atendimento foi muito bom e rápido”, contou José, que ficou apenas três dias internado após o procedimento.

Para a médica especialista em cirurgia-geral, Ester de Lacerda, as mudanças foram essenciais para acelerar o atendimento dos pacientes. “Nossos pacientes aguardavam até um ano, ou mais, para serem submetidos às cirurgias. Agora, eles aguardam até três meses, no máximo”, ressaltou a médica.

A cirurgiã Ester de Lacerda garante que as mudanças agilizaram os procedimentos.

PREPARAÇÃO – Segundo ela, as condutas também foram padronizadas. Assim, apenas uma lista de exames é solicitada aos pacientes, evitando que eles precisem retornar para realizar outros testes não prescritos antes.

As cirurgias são realizadas de segunda a sexta-feira, nos turnos matutino, vespertino e noturno. Aos sábados, pela manhã e à tarde. São 20 leitos de internação, na Clínica Cirúrgica, para os pacientes operados. Os procedimentos são feitos em três salas cirúrgicas.

O acesso dos pacientes que precisam é sempre pela UBS. Após o médico realizar o diagnóstico, é feito o encaminhamento para a especialidade da cirurgia geral, no sistema de regulação. O HRSam, por sua vez, disponibiliza as vagas para as unidades básicas da região.

Por Ailane Silva, da Agência Saúde

Foto: Breno Esaki

 

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