Nova onda de Covid-19: especialistas apontam regras de etiqueta respiratória

Com a pandemia de Covid-19, novos hábitos passaram a fazer parte do cotidiano, como o uso de máscaras e o reforço na higienização das mãos. O avanço na cobertura vacinal permitiu a flexibilização de medidas de prevenção à doença e um retorno às atividades de lazer e grandes eventos, como shows e festas.

Os testes com resultado positivo para Covid-19 realizados em farmácias voltaram a aumentar na semana entre 17 e 23 de outubro. Os dados são de um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Especialistas apontam que a introdução da subvariante BQ.1 da Ômicron no país pode estar associada ao crescimento das infecções pelo coronavírus no país.

etiqueta respiratória inclui uma série de ações que reduzem os riscos da transmissão da Covid-19 e de outras doenças como a gripe e resfriados. Além do uso de máscara, medidas de higiene como a lavagem das mãos, o uso de álcool gel e distanciamento de pessoas sintomáticas contribui para reduzir os riscos da infecção.

Confira cinco medidas de etiqueta respiratória

1. Utilizar máscara se estiver com sintomas respiratórios

O uso de máscaras deixou de ser obrigatório em todos os estados e no Distrito Federal. Uma das principais medidas de enfrentamento da pandemia, o item de proteção facial é uma barreira física que reduz as chances de espalhamento do vírus em um ambiente.

O médico infectologista Álvaro Furtado, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), avalia que o uso de máscara deve ser incorporado ao hábito, especialmente diante da manifestação de sintomas respiratórios.

“Quando a gente tem algum sintoma gripal ou respiratório deve começar a utilizar máscara até fazer o diagnóstico, para proteger as outras pessoas que estão à nossa volta”, diz Furtado.

2. Higienizar as mãos e objetos com regularidade

A lavagem das mãos com água e sabão com regularidade previne uma ampla gama de doenças além da Covid-19, incluindo resfriados, conjuntivite, herpes, hepatite A e outras infecções causadas por vírus e bactérias.

O tempo mínimo ideal para a higienização completa das mãos é de pelo menos 20 segundos. O passo a passo (veja aqui) deve incluir a palma e o dorso das mãos e os espaços entre os dedos, além das unhas e a região dos pulsos.

“A higienização das mãos deve ser um hábito incorporado no nosso dia a dia: antes de se alimentar, ao chegar da rua, quando manipulamos alguma superfície desconhecida, ou mesmo quando há alguma sujeira nas mãos. Isso deve permanecer, incluindo o uso de álcool em gel”, diz o infectologista.

O álcool em gel deve ser utilizado como recurso adicional, quando não há possibilidade de lavar as mãos. Quando as mãos estiverem visivelmente sujas, deve-se procurar lavar com água e sabão.

O hábito de higienizar objetos de uso pessoal, como o celular e brinquedos infantis, também deve ser mantido.

“A higienização de mãos foi um hábito intensificado durante a pandemia que reduziu os casos de conjuntivite. Lavar as mãos é um hábito que tem que ser mantido sempre”, completa a pesquisadora em saúde Chrystina Barros, membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Pessoa pensativa no home office
Especialistas recomendam trabalhar de casa se estiver com sintomas respiratórios / Yasmina H / Unsplash

3. Trabalhar de casa

Assim como as máscaras passaram a fazer parte do contexto do transporte público, os especialistas recomendam que o trabalho de casa, conhecido como home office, seja adotado diante de sintomas respiratórios.

“Uma pessoa com tosse, espirro e outros sintomas que não foi testada deve trabalhar em casa, mas prioritariamente deve ser testada, porque existem muitos outros vírus respiratórios que têm sintomas parecidos com o vírus da Covid-19″, diz Furtado.

4. Evitar contato físico e compartilhamento de objetos pessoais

Uma das formas de transmissão de vírus respiratórios é por meio do contato das mãos contaminadas com olhos, boca e nariz. O médico Diego Ramos, pneumologista da Medicina Interna Personalizada (MIP), afirma que, além da higienização das mãos, não deve-se tocar o rosto enquanto estiver na rua, além de evitar abraços, beijos e apertos de mãos.

O especialista recomenda ainda que as pessoas mantenham o distanciamento de pelo menos um metro ao tossir ou espirrar. “É importante cobrir o nariz e a boca com lenço de papel descartável ou com o antebraço ao tossir ou espirrar, para evitar o espalhamento de partículas virais pelo ambiente, reduzindo as chances de contaminação de outras pessoas”, afirma.

“É saudável que pessoas falem e se mantenham com alguma distância interpessoal. Isso vale não apenas para as questões físicas, mas até mesmo para as questões psíquicas, é um espaço que a gente precisa para ter conforto em conversar com o outro. Ao mesmo tempo, a gente entende que isso traduz muito o nosso hábito da cultura do abraço e do beijo”, complementa Chrystina.

A especialista também afirma que deve-se evitar compartilhar objetos de uso pessoal. “Tudo isso faz parte de um conjunto de regras sanitárias que nos ajudam a evitar disseminar e contrair doenças”, diz.

5. Evitar aglomerações, quando possível

Especialistas recomendam cautela na participação de grandes eventos, como festas em locais fechados, principalmente para quem apresenta sinais respiratórios.

O infectologista Álvaro Furtado afirma que a manutenção das medidas de etiqueta respiratória contribui para a proteção principalmente de pessoas que apresentam o sistema imunológico enfraquecido, como imunossuprimidos, idosos, pessoas vivendo com HIV descontrolado, transplantados e pacientes com câncer.

Fonte: CNN Brasil

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