As conclusões do trabalho são apresentadas no artigo Effectiveness of CoronaVac in the setting of high SARS-CoV-2 P.1 variant transmission in Brazil: A test-negative case-control study, publicado como preprint no site medRxiv em 7 de abril. A pesquisa teve a participação de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), da Universidades da Flórida, de Stanford e de Yale (Estados Unidos), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas.
Em São Paulo
Uma outra pesquisa sobre a CoronaVac, realizada com profissionais do Hospital das Clínicas da FMUSP, traz resultados que corroboram a efetividade da vacina mesmo com o predomínio da variante P.1.
Antes da vacinação dos funcionários do hospital, a incidência de casos de covid-19 no HC era semelhante à incidência geral da doença na população de São Paulo capital.
Duas semanas após a aplicação da segunda dose da vacina nos funcionários do hospital, houve 50,7% menos casos confirmados entre eles do que a taxa média de novos casos verificada na cidade.
E cinco semanas após a vacinação, o número de novos casos de covid-19 no HC foi 73,8% menor do que o registrado na população da capital.
O estudo feito entre os profissionais avaliou também a ocorrência de variantes do coronavírus. Dentre 142 amostras analisadas aleatoriamente, 67 foram identificadas como variantes, das quais 57 correspondiam à P.1 (do Amazonas), cinco B.1.1.7 (do Reino Unido) e outras cinco que não puderam ser identificadas pelos métodos utilizados no estudo. Essa análise sugere que a P.1 já era a variante de maior circulação em São Paulo quando os profissionais foram vacinados.