
A transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya ganha impulso no período do verão, que começa nesta quarta-feira (21). A combinação de calor e chuvas promove o ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças.
Os ovos do inseto podem permanecer em ambientes secos por mais de um ano. Quando entram em contato com a água, dão continuidade ao ciclo de vida do mosquito que inclui as fases de larva, pupa e adulto, quando ele é capaz de voar e transmitir os vírus.
Do ovo à fase adulta, o ciclo de desenvolvimento do Aedes aegypti leva de sete a dez dias. Por isso, a intervenção semanal pode interromper esse processo e diminuir significativamente a incidência das doenças.
“Cada fêmea pode colocar até 1.500 ovos, por isso é importante olhar a casa com ‘olhos de mosquito’, procurando todo e qualquer local que acumule água e possa ser usado para reprodução do vetor”, afirma Denise Valle, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Qualquer recipiente que permita o acúmulo de água parada pode se tornar um foco em potencial para a reprodução do Aedes aegypti. Pneus, vasos de planta, caixa d’água, bandeja da geladeira, calhas, galões, baldes, garrafas e entulho estão entre os principais criadouros do mosquito (veja abaixo).
Conheça os principais criadouros do Aedes aegypti
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Conheça os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, Zika e chikungunya
Crédito: Josué Damacena/IOC/Fiocruz
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Pneus
Crédito: Breno Esaki/Agência Saúde DF
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Piscinas
Crédito: Breno Esaki/Agência Saúde DF
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Calhas
Crédito: Tony Winston/MS
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Caixa d’água
Crédito: Tony Winston/MS
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Ralos
Crédito: Rodrigo Nunes/MS
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Lonas
Crédito: Rodrigo Nunes/MS
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Vasos de plantas
Crédito: Breno Esaki/Agência Saúde DF
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Quaisquer tipos de objetos que possam acumular água parada
Crédito: Breno Esaki/Agência Saúde DF
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Garrafas destampadas
Crédito: Breno Esaki/Agência Saúde DF
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Materiais de construção que possam acumular água parada
Crédito: Breno Esaki
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Entulho
Crédito: Cristine Rochol/PMPA
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Vaso sanitário sem uso
Crédito: Giorgio Trovato/Unsplash
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Bandeja de ar-condicionado
Crédito: Gervyn Louis/Unsplash
“Quanto maior a quantidade de mosquitos, maiores são as chances de transmissão desses vírus. Todos os anos reforçamos a mensagem de que a fêmea do Aedes espalha seus ovos por diversos locais. Não podemos nos tranquilizar e encerrar a verificação se no primeiro ambiente já forem encontrados ovos ou larvas. Na verdade, devemos ficar ainda mais alertas e procurar mais atentamente em locais próximos, pois certamente haverá outros criadouros”, afirma Denise.
Para facilitar a rotina de verificação semanal dos principais focos do mosquito, pesquisadores da Fiocruz desenvolveram uma cartilha chamada “10 minutos contra o Aedes”. O material disponível online destaca os pontos que precisam de atenção nas residências que podem ser marcados após cada vistoria.
Principais sintomas da dengue
De acordo com o Ministério da Saúde, normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, acima de 38°C, de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta, superior a 38°C;
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos;
- mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática, apresentar quadro leve ou sinais de alarme e de gravidade. O diagnóstico da dengue pode ser feito por exame clínico e confirmado por exame de sangue.
Fonte: Lucas Rocha, da CNN Brasil