
Após reunião na tarde desta terça-feira (21), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu mais dados a respeito da CoronaVac, vacina em produção pelo Instituto Butantan, para avaliar a aprovação da imunização em crianças de 5 a 11 anos.
“A Anvisa vai encaminhar ao Instituto uma série de questionamentos sobre dados que ainda não estão presentes no processo e que impedem a conclusão da análise pela Agência”, disse a nota publicada na noite desta terça-feira.
“Na avaliação dos técnicos da Anvisa e dos especialistas externos convidados há lacunas importantes nos dados apresentados pelo Butantan que ainda impedem afirmar de forma científica o grau de imunidade gerado nas crianças e adolescentes”.
Já o Butantan disse que “agradece as associações médicas que participaram da reunião técnica” e informou que, com “foco no pedido para uso emergencial”, apresentou “dados robustos sobre imunogenicidade e segurança do imunizante”.
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Os técnicos da reguladora se reuniram com representantes de sociedades médicas do país para discutir a aplicação do imunizante na faixa etária. A CoronaVac foi, junto com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, a primeira a ter o uso autorizada pela Anvisa no Brasil, em janeiro.
O Instituto Butantan ainda não conseguiu o registro definitivo da CoronaVac. Além disso, já teve negado pela Anvisa, em agosto, pedido para uso da vacina em crianças de 3 a 17 anos. Na China, a vacina já é aplicada em crianças acima de 3 anos.
De acordo com a agência, na reunião desta terça, para discutir a CoronaVac, participaram representantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).