Banho de banheira faz bem ou mal para a saúde? O que dizem os especialistas

Um banho de banheira parece algo muito agradável, mas o assunto gerou discussão na internet, com algumas pessoas afirmando que o hábito não é saudável. Afinal, faz bem ou mal para a saúde? De acordo com especialistas, o banho de imersão pode oferecer muitos benefícios, alguns riscos e há uma equação para o banho ideal.

“Tomar banho traz grandes benefícios à saúde física e mental”, garante a clínica geral Amy Zack, ouvida pelo site de divulgação científica IFLScience.

As evidências cientificas mostram que as pessoas que tomam banho de banheira têm probabilidade de ficar menos irritadas, menos estressadas, menos ansiosas e menos deprimidas do que aquelas que apenas tomam uma ducha. Também ajudam a dormir melhor além, é claro, de nos deixar limpos.

Pesquisas recentes sugerem que uma boa imersão em água quente pode realmente ter alguns efeitos terapêuticos.

“Nas últimas décadas, as evidências têm aumentado e hoje sabemos que o banho regular em uma sauna ou banheira de hidromassagem pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares – e também pode trazer benefícios mais amplos para a saúde”, diz Charles Steward, da Universidade de Coventry no Centro de Esporte, Exercício e Ciências da Vida, na Inglaterra.

Segundo ele, como as doenças cardiovasculares são causadas principalmente por doenças das artérias, é provável que as melhorias na saúde dos vasos sanguíneos – que agora sabemos que ocorrem com a terapia térmica regular – proporcionem a redução do risco de doenças cardiovasculares.

Outros estudos relacionaram sessões frequentes de banheira de hidromassagem com duração de uma hora a uma redução nos níveis de glicose no sangue e a uma ampla gama de sintomas associados à síndrome dos ovários policísticos.

Os riscos

Por outro lado, a parte dermatológica gera ressalvas.

“A água quente pode ser abrasiva, retirando a oleosidade natural da pele, o que a deixa desidratada e com aparência opaca. Se você também molhar o rosto com ela, isso pode causar surtos de acne, erupções e irritação na pele”, explica a dermatologista da Flórida Stacy Chimento.

A dermatologista americana Melissa Piliang, da Cleveland Clinic, também ouvida pelo IFLScience faz uma analogia: imagine a camada mais externa da pele, a epiderme, como uma faca coberta por uma camada de manteiga: sob água fria, a camada lipídica gordurosa que protege nossa pele se mantém firme, mas a água quente faz com que derreta.

O problema disso é que essa oleosidade natural “é o que mantém a água ruim e os germes do lado de fora e a água boa do lado de dentro, e mantém nossa pele hidratada”. Nossos corpos irão repor essa camada lipídica, mas isso leva mais tempo à medida que envelhecemos – e você não consegue acelerar o processo usando hidratantes comerciais, alerta.

A solução existe: é uma equação de tempo e temperatura.

Os banhos devem ser limitados a 15 minutos, de acordo com Chimento. “Mais longo do que isso começará a retirar a oleosidade natural da pele, causando inflamação e irritação.”

Não é tão bom porque, de acordo com uma pesquisa recente realizada pela varejista de banheiros britânica Victorian Plumbing, 21 minutos é a duração ideal para fins de relaxamento.

Outro fator importante é a temperatura da água da banheira. A dermatologista aconselha manter a água entre 37°C e 43°C – quente, mas não desconfortável – enquanto Piliang crava 44,4°C.

Fonte:  O Globo

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