
Uma farmácia da rede Carrefour em Osasco (SP) vendeu um teste de glicemia com a agulha usada. O aparelho foi posteriormente colocado em contato com o sangue de uma enfermeira, que denunciou o caso à polícia, de acordo com informações do site “Metrópoles”. No vídeo ao qual o site teve acesso, o gerente da loja assume a venda do medidor já usado. Ao GLOBO, a rede Carrefour informou que desligou a funcionária que vendeu o aparelho violado.
Agulhas usadas e outros objetos cortantes não deve ser reutilizados em hipótese alguma devido ao risco de espalhar infecções que causam sérios problemas de saúde. As mais comuns são:
- Hepatite B (HBV);
- Hepatite C (HCV) e
- Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Embora raro, há também um pequeno risco de outras infecções serem transmitidas através de sangue contaminado, como o citomegalovírus (CMV), o vírus Epstein-Barr (EBV), parvovírus, Yersiniae, Plasmodium e tétano.
O maior medo das pessoas ao ter contato acidental com agulha previamente é o de contrair HIV. Embora esse risco exista, ele é baixo – os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são de apenas 0,3% – porque esse vírus não vive muito tempo fora do organismo.
Em casos como esse, o principal risco de transmissão é da hepatite B, doença que ataca o fígado, inflamando o órgão e alterando sua funcionalidade.
O que fazer em caso de contato com agulha usada
Em todos os casos de acidente ou contato com agulha usada, a recomendação é lavar imediatamente a área exposta com água e sabão e procurar atendimento médico imediato para que sejam realizados testes de HIV, hepatite B e C. Em alguns casos, o médico pode indicar a profilaxia pós-exposição, com remédios antirretrovirais ou vacinação para hepatite B.