DestaqueEspeciais

Cesariana MAC: federação de obstetras se posiciona contra a técnica; entenda e veja os riscos apontados

Uma nova técnica de cesariana tem ganhado espaço na mídia e nos hospitais. Trata-se da Cesariana MAC, sigla para o termo em inglês Maternal Assisted Caesarean Section ou “cesariana assistida pela mãe”, em tradução livre. O método permite que as mulheres retirem o filho do próprio útero durante o parto.

 

Seus defensores afirmam que a técnica empodera a mãe e ajuda as mães a se conectarem com seus bebês, humanizando a cesariana. Entretanto, especialistas contraindicam a MAC. Nesta semana, a Febrasgo – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, se posicionou contra a técnica devido a riscos associados à segurança.

“Esse é um procedimento sem evidências significativas de sua segurança. Não encontra amparo em protocolos, recomendações ou estudos bem desenhados”, afirma o comunicado da Febrasgo.

 

Ainda segundo a Febrasgo, existem práticas mais seguras que podem ser adotadas com a mesma finalidade de melhorar o vínculo com o recém-nascido.

As potenciais complicações associadas ao ato da própria mãe retirar o bebê do útero durante a cesárea são:

  • Infecções;
  • Tempo cirúrgico aumentado;
  • Perda de sangue;
  • Aumento das incisões;
  • Lesões em outros órgãos;
  • Atraso na avaliação e assistência neonatal;
  • Maior consumo de material e aumento do custo do procedimento.

 

A entidade também alerta que alguns itens do código de ética médica podem ser infringidos em casos de divulgação ou realização de procedimentos médicos não reconhecidos cientificamente, como a MAC. A prática só deve ser realizada durante estudos clínicos aprovados.

Fonte: O Globo

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo