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Cientistas criam absorvente que consegue reter o dobro de sangue dos modelos atuais

Pesquisadores norte-americanos desenvolveram um novo produto que tem capacidade de absorver quase 40ml de sangue em apenas 60 segundos. As gazes, muitas vezes usadas para a realização de curativos, capturam apenas 55% desta quantidade. Um novo superabsorvente pode reter três vezes mais líquido. Dentre as suas possíveis finalidades estão o uso na cozinha, em curativos e como absorventes menstruais.

O novo produto, quando seco, parece uma folha fina e flexível. No entanto, em contato com um líquido, ele se expande e fica com um aspecto gelatinoso.

Os atuais produtos a base de hidrogel têm uma grande capacidade de absorção. No entanto, quando secam, tornam-se quebradiços, o que impossibilita de serem usados como toalhas de papel. Mas pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, desenvolveram um método para produzir um hidrogel seco e absorvente que permanece intacto mesmo quando enrolado.

Para fazer as folhas de hidrogel, os cientistas combinaram vinagre e bicarbonato de sódio para produzir uma espuma e a colocaram em um saco com zíper. Eles então o colocaram entre placas de vidro e o expuseram à luz ultravioleta, antes de colocar a folha em glicerol e álcool.

Capacidade de superaborvente de reter quase o dobro de sangue comparado à gaze surpreendeu os cientistas. — Foto: Reprodução/Revista Matter

Capacidade de superaborvente de reter quase o dobro de sangue comparado à gaze surpreendeu os cientistas. — Foto: Reprodução/Revista Matter

 

Para estar a capacidade de absorção do novo produto, os pesquisadores o compararam com panos de panos usados na cozinha. Eles descobriram que sua inovação poderia absorver mais de três vezes a quantidade de água e não ficar pingando.

A folha de gel não pode ser reutilizada, então não conseguiria competir com os panos de cozinha nessa frente, mas seus criadores a veem como uma alternativa mais prontamente disponível à gaze médica descartável.

O produto foi apresentado em um artigo publicado na revista científica Matter, que faz parte da publicação Cell, divulgando inovações no campo geral da ciência dos materiais.

Fonte: O Globo

Foto: Reprodução/Revista Matter

 

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