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[DF]-Para diretor da OMS, DF é exemplo positivo em atenção primária

Em discurso na Terceira Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite 2018, realizada nesta quinta-feira (22), em Brasília, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, defendeu maiores investimentos na atenção primária à saúde.

Primeiro africano a assumir o posto máximo da entidade, o dirigente citou o Distrito Federal como exemplo positivo de aplicação de recursos na prestação de serviços básicos à população.

“Investir em atenção primária é a medida mais importante que se pode tomar. Seus dividendos são enormes porque alcançam a prevenção de doenças transmissíveis ou não, e a promoção de saúde”, disse Tedros, ao relatar que ontem (21) visitou a Unidade Básica de Saúde 1 do Itapoã. No local, há nove equipes de saúde da família. “Os profissionais contaram que visitam as casas e mostraram o mapa do território em que atuam”, finalizou.

Adhanom disse que a atenção básica possui como um dos pilares importantes a educação em saúde da população. Com isso, contribui para conscientizar sobre um estilo de vida saudável, sem tabagismo, alcoolismo, sedentarismo; mas prezando por uma alimentação saudável.

“Atualmente há o crescimento de casos de doenças cardiovasculares, pressão alta, diabetes e câncer. Esse é um problema mundial e, por isso, precisamos atacar na base com a conscientização das pessoas para prevenir e evitar muitas doenças como o câncer de pulmão, por exemplo, causado pelo tabagismo”, exemplificou.

Adhanom considerou que a atenção primária tem grande influência na mudança de hábitos das comunidades, porque atua em todas as regiões criando vínculos com a população, desde crianças até adultos. “Se a atenção básica ensina o que é uma vida saudável para uma criança, ela se tornará um adulto saudável, que contribuirá para a prosperidade do país. A saúde de uma pessoa também está em suas próprias mãos”, complementou, ao citar, ainda, a contribuição desse nível de atenção no combate a endemias como a febre amarela e dengue.

O diretor-geral da OMS falou ainda sobre o envelhecimento da população, tema em debate em diversos países. “Não devemos considerar a terceira idade como um problema. Eles podem ser independentes por muito tempo e continuar contribuindo para o país. Tudo é uma questão de como tratar os cidadãos envelhecidos. A ideia global é que eles são dependentes, mas se continuarem saudáveis podem contribuir muito”, concluiu.

O secretário de Saúde do DF ressaltou que as ações desenvolvidas na capital do Brasil seguem a mesma direção da apreciação de Adhanom sobre a atenção básica. “O posicionamento da OMS nos dá um ânimo novo para continuar com nossa expansão e melhoria da atenção primária no DF, principalmente, na Estratégia Saúde da Família”, observou Fonseca.

“Aumentamos a cobertura de 30% para 69.1%. Neste ano, queremos chegar a 75%. Nossos próximos passos são investir em diagnóstico e em qualificação das equipes. Vamos ter mais de 1,5 mil servidores capacitados em atenção primária em 2018”, completou.

Já o ministro da Saúde, Ricardo Barros, citou que o Brasil investe atualmente na ampliação do quadro de médicos para atender a demanda, inclusive, na atenção primária. “Com o programa Mais Médicos, dobramos o número de médicos. Nossas ações consistem em abrir novos cursos e aumentar as vagas onde já existe. A curto prazo, estamos contratando profissionais. Dos 18 mil inscritos no programa, 13 mil são estrangeiros. Também ampliamos a residência para médicos da família atuarem na atenção primária”, citou.

PARTICIPAÇÃO – O evento, ocorrido na sede da Organização Pan Americana de Saúde, no Setor de Embaixadas Norte, teve a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros; de gestores e secretários de Saúde do país, entre eles, o do DF, Humberto Fonseca.

Também compareceram os secretários de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante; de Ciência, Tecnologia e Insumos, Marco Antonio Fireman; e secretário executivo, Antônio Carlos Nardi, do Ministério da Saúde; além de representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

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