O diabetes atualmente afeta 9,6% dos beneficiários inseridos na saúde suplementar — cerca de 4,87 milhões de pessoas. Os dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), cedidos com exclusividade à CNN Brasil, mostram que a doença vem avançando dentro do público que usa algum plano ou seguro de saúde no país: houve aumento de 3,6 pontos percentuais na proporção de pessoas com a doença — cerca de 1,8 milhão de novos casos no país, em comparação com o cenário há 15 anos
O diabetes é uma síndrome metabólica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue. A doença pode ter causas genéticas, biológicas ou ambientais.
A análise, baseada nos dados do Inquérito Telefônico para Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) de 2023, indica que a prevalência da doença é maior entre o público com 60 anos ou mais (26,3%). Nas faixas etárias de 40 a 49 anos, é de 9,4%, e na de 18 a 39 anos de apenas 1,7%. Observa-se, também, que de modo geral, a diabetes é mais comum entre pessoas com menos escolaridade.
A pesquisa ainda mostra que os beneficiários de planos de saúde mais sedentários, bem como aqueles com obesidade, apresentaram maiores taxas da doença. Nas pessoas com obesidade, por exemplo, o diabetes atingiu 15,6% — mais do que o dobro do número de não obesos (7,5%).
De acordo com João Eduardo Nunes Salles, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o tratamento da diabetes passa pelo tratamento da obesidade. Em evento promovido pela Novo Nordisk, na terça-feira (07), o especialista destacou a importância da atuação no combate à obesidade para prevenção e tratamento da doença.
(*Sob Supervisão de Márcia Barros)
Fonte: Guilherme Gama